O pedido estava previsto para ser protocolado nesta segunda, mas Fraga alegou que a peça não ficou pronta em tempo. Segundo ele, o DEM não vai "entar com impeachment só por entrar". Além dos fatos já divulgados pelas revistas e jornais, Fraga informou que quer buscar mais informações para dar "consistência" ao pedido.
Na semana passada, quando o partido anunciou que entraria com o pedido de impeachment, a assessoria de imprensa do governador informou que ele não se manifestaria.
Reportagens das edições do último final de semana das revistas "Época" e "IstoÉ" apontam suposta relação entre Agnelo Queiroz e o policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira, que denunciou esquema de desvio de verbas no Ministério do Esporte. A denúncia de Ferreira provocou a crise política que resultou, no dia 26 de outubro, na demissão do ministro Orlando Silva, sucessor de Agnelo no comando do Ministério do Esporte.
As duas revistas trouxeram trechos de gravações que apontam ligação entre Agnelo e o policial João Dias. Questionado sobre as gravações, Agnelo Queiroz afirmou que não pode ser responsabilizado por erros ou irregularidades cometidas por conhecidos ou pessoas do seu antigo partido, o PC do B.
“Não tenho compromisso nenhum com erro de ninguém. As minhas relações, as pessoas com quem falei, que liguei, foram pessoas do meu partido, da minha amizade. Isso não interfere na minha relação institucional”, disse.
Apoio
Apesar de Agnelo Queiroz ter maioria na Câmara Legislativa, Fraga disse acreditar que o pedido seja submetido à votação. “Vou entrar com o pedido, como presidente do DEM ou como cidadão, e espero que seja votado”, afirmou. Segundo Fraga, o pedido tem o apoio da Executiva Nacional do partido.
Ainda de acordo com Fraga, a posição independente do único parlamentar do DEM na Câmara Legislativa, Raad Massouh, não atrapalhará a tramitação do pedido de impeachment.
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