Governo do Rio diz que investiga ameaças contra Freixo; deputado nega
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a Secretaria de Segurança do Rio afirmou que investiga todas as ameaças de morte recebidas pelo Disque Denúncia contra o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
O parlamentar --que irá deixar o país hoje, a convite da Anistia Internacional, para resolver questões relativas a sua segurança--, diz não ter conhecimento dessas investigações.
"Ao contrário do que vem sendo veiculado pela imprensa, já existe desde 9/12/2009 um inquérito para apurar as denúncias anônimas de ameaças de morte ao deputado Marcelo Freixo", afirma a nota.
Segundo a secretaria, a grande maioria das investigações já foi concluída e enviada à Justiça. O órgão lista cinco operações finalizadas, duas em andamento e a prisão de 91 suspeitos.
A Secretaria diz ainda que não tem registro de nenhum outro pedido recente do deputado relacionado à sua segurança particular, além de um pedido protocolado em 26 de outubro, no qual Freixo solicitou escolta da PM para o seu filho, e reiterou que coloca "à disposição da Presidência da ALERJ os recursos necessários para garantir a segurança de seus deputados".
O deputado afirma que nunca foi informado "sequer sobre a existência (do inquérito), muito menos sobre o seu conteúdo". Para Freixo, a questão não é a Secretaria, mas as milícias. "Não podemos perder tempo com falsos embates".
Ele contraria a versão do governo e cobra o cumprimento das 58 propostas de ações concretas de enfrentamento apresentadas no Relatório Final da CPI das Milícias.
"Não estou indo para a Europa por causa de problemas com a minha segurança, embora seja fato que a situação das ameaças tenha se agravado recentemente e que não tenhamos recebido retorno algum da Secretaria de Segurança Pública sobre as providências em relação a qualquer uma das ameaças recebidas até hoje".
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