De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), secretário Francisco Deodato, o efetivo de agentes foi reforçado por causa do risco de uma epidemia de dengue tipo 4 em Manaus, prevista para ocorrer entre o fim deste ano e início de 2012. Esse novo tipo da doença avançou no Amazonas a partir da fronteira do Brasil com a Venezuela, em Roraima.
Entre 2010 e 2011, Manaus teve um dos maiores índices de dengue da história, com 52,2 mil casos dignosticados, além de 12 mortes. "Ainda não há vacina para esse tipo de dengue. E o governo Federal já prevê uma epidemia em vários estados, inclusive no Amazonas. Por falta de tratamento, precisamos atacar a dengue tipo 4 a partir da prevenção", disse.
Deodato afirmou que pelo menos 350 mil residências, nas seis zonas da capital, serão abordadas pelos agentes de endemias até março de 2012, quando encerra a operação. Entre estes profissionais, estão 3 mil agentes de saúde do Estado e do Município, 90 homens do Exército, 20 da Marinha e 30 do Corpo de Bombeiros. "Todos eles estarão devidamente identificados com crachá, para evitar que o morador seja surpreendido e tenha sua segurança colocada em risco", disse o secretário. Ele destacou, no entanto, que os moradores que impedirem o trabalho dos agentes em locais de risco de proliferação do mosquito aedes aegypti, serão notificados pela Prefeitura e acionados judicialmente.
A campanha contra a dengue em Manaus será pautada na prevenção, informou Deodato, principalmente no cuidado com o lixo doméstico e com a água parada. Na área de tratamento médico, o secretário de Saúde garantiu que todas as unidades médicas da Prefeitura estão aptas a atender ao público. "É importante que a pessoa, ao sentir os sintomas da dengue, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Nos casos mais graves, como sangramento, é que é preciso ir a um pronto-socorro", explicou.
Conforme o Levantamento do Índice de Infestação Rápida (LIRAa), feito pela Fundação de Vigilância e Saúde (FVS) para apontar as áreas de risco de dengue em Manaus, os bairros São José e Jorge Teixeira, na Zona Leste, Tarumã, na Zona Oeste, e Novo Aleixo, na Zona Norte, estão no topo da lista de comunidades com alto risco de contaminação. No caso do bairro São José, o risco ocorre por causa da falta d"àgua, que obriga os moradores a improvisarem reservatórios. No Jorge Teixeira, o motivo do alto risco é a irregularidade na coleta de lixo.
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