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Meio Ambiente
Segunda - 31 de Outubro de 2011 às 13:02

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Custo da terra em mercados consolidados direciona investimentos para Estados do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste. A valorização da terra em mercados consolidados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná transformou os Estados de Mato Grosso do Sul, do Maranhão, do Tocantins e do Pará nas novas fronteiras florestais para o cultivo do eucalipto voltado à indústria. Dos R$ 5,7 bilhões que as empresas planejam investir até 2015, 90% devem ir para os Estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, segundo a Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas).  Numa comparação entre Estados, a diferença no preço da terra pode encarecer em até R$ 700 milhões o projeto de implantação de um fábrica de celulose -matéria-prima (eucalipto), equipamentos e transportes-, segundo estimativas das empresas. Enquanto em Mato Grosso do Sul uma unidade com capacidade para 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano custaria R$ 1,8 bilhão, em São Paulo sairia por R$ 2,5 bilhões, afirma Aires Galhardo, diretor florestal da Fibria, uma das maiores do país. "A formação dessas novas fronteiras florestais foi motivada pelos preços das terras nos outros Estados e por serem regiões ainda não exploradas, onde podemos encontrar preços mais favoráveis", disse Galhardo.  Em Mato Grosso do Sul, a Fibria é proprietária de uma das maiores florestas e vai adquirir mais áreas para ampliação da unidade de celulose em Três Lagoas. Os investimentos industriais devem somar R$ 4 bilhões.
 
MARANHÃO - No Maranhão, a Suzano Energia Renovável, do grupo Suzano Papel e Celulose, vai investir R$ 1 bilhão na formação de florestas e numa indústria de "pellets" de madeira (pedaços processados de madeira para incineração e geração de energia). A estimativa da empresa é iniciar a produção em 2014 e gerar 2.700 empregos diretos no Estado. Até lá, a meta da unidade será alcançar 3 milhões de toneladas de "pellets". Atualmente, a Suzano tem 341 mil hectares plantados com eucalipto no país. Para o diretor-executivo da Abraf, César Augusto dos Reis, o baixo preço da terra nos Estados também é favorecido pelo fim da pecuária extensiva. "Os pastos ficaram ociosos e agora estão dando espaço a grandes plantações de eucalipto." A unidade da Eldorado Brasil que está sendo construída em Três Lagoas terá 210 mil hectares de eucalipto. Atualmente, a empresa só garantiu 70 mil hectares. Os investimentos totais (florestal e industrial) previstos são de R$ 4,8 bilhões. No Tocantins, a expectativa da Aretins (Associação de Reflorestamento do Tocantins) é atingir 600 mil hectares de eucalipto plantados até 2016. A Jamp, de Dueré (TO), deve quadruplicar a área plantada de eucalipto, hoje em 3.000 mil hectares. Segundo a Abraf, a silvicultura no Brasil obteve valor bruto de produção de R$ 51,8 bilhões em 2010 -recorde histórico. De acordo com a associação, o setor gera 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos no país.






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