Prefeitura tenta justificar falta de radares alegando atraso nas obras

A indefinição sobre as obras de mobilidade urbana previstas para a Copa de 2014 em Cuiabá foram apontadas pela prefeitura com justificativa para adiar o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa a instalação de radares nas princiais ruas e avenidas da Capital.

O prazo solicitado foi de 180 dias, a partir de 30 de novembro, data em que o sistema deveria ser implantado.

Segundo o procurador-geral de Cuiabá, Fernando Biral, o adiamento visa aguardar a conclusão dos projetos do governo do Estado para as intervenções na cidade. Acontece que alguns pontos em que estava prevista a implantação dos equipamentos devem ter o trânsito interrompido para as obras.

"De nada adianta licitar o serviço, instalar os equipamentos e estes ficarem inoperantes, devido às obras. E ainda pagar por um serviço que não estará sendo utilizado", avaliou.

O TAC com o MP foi assinado pelo presidente da Câmara, Júlio Pinheiro (PTB), em julho deste ano, quando ele ocupou o cargo de prefeito durante uma viagem ao exterior de Chico Galindo (PTB). A instalação de radares é polêmica. Entre os contrários está o deputado estadual Sérgio Ricardo (PR), que alega que os equipamentos funcionam como uma indústria da multa.

Quem também criticou a medida foi o secretário extraordinário da Copa, Eder Moraes. Ele classificou a medida como desperdício de dinheiro público, uma vez que com o início das obras todos os equipamentos teriam que ser retirados novamente.