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Sábado - 12 de Outubro de 2013 às 06:23

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Mato Grosso teve o segundo melhor desempenho do país na criação de postos de trabalho formal no ano passado, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2012, divulgada ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Na variação anual, o estoque de empregados aumentou 4,96% na comparação com o exercício 2011, exatamente o dobro do registrado na média nacional, 2,48%. Em expansão, o Estado ficou atrás apenas do Piauí (+6,36%). A performance estadual foi puxada pelo setor de serviços, o maior contratante, no entanto, o trabalhador mato-grossense ganha quase 10% menos em relação à média de salários pagos no Brasil.

O número de empregos formais no Estado alcançou 744,6 mil em dezembro de 2012, ante 709,37 mil do exercício anterior. Em valores absolutos, esse aumento de 4,96% representou a criação de 35,2 mil postos de trabalho.

Ainda como destaca a Rais, os melhores resultados setoriais para Mato Grosso, em números absolutos, foram registrados aos serviços, com a geração de 10,5 mil postos de trabalho (+6,49%), à construção civil, com 9,4 mil empregos (+25,54%) e ao comércio, com 9,0 mil postos (+5,31%). Em termos relativos, o destaque ficou por conta da construção civil, que registrou aumento de 25,54%, correspondendo à geração de 9,4 mil postos e da extrativa mineral, que cresceu 17,56%, ou, +569 postos.

A Rais, que traz um perfil da mão de obra empregada, mostra ainda que no intervalo de um ano, a remuneração média do trabalhador mato-grossense aumentou 5,82%, ao passar de R$ 1,78 mil para R$ 1,88 mil. A alta sobre os salários, se considerada a inflação do período, foi nula, já que segundo o IBGE, ela fechou em exatamente 5,82% no ano passado.

As mulheres seguem com renda média inferior a dos homens, R$ 1,76 mil para R$ 1,96 mil e também com incremento anual inferior, apenas 4,48%, enquanto para os homens a alta foi de 6,64%.

Na comparação com o Brasil, os mato-grossenses estão ganhando 9,6% menos. O rendimento real médio do trabalhador brasileiro chegou a R$ 2,08 mil, apresentando uma elevação de 2,97% em relação a dezembro de 2011 (R$ 2,02 mil). A média é resultado dos aumentos nas remunerações médias recebidas pelas mulheres, que alcançou R$ 1,85 mil (+2,62%) e pelos homens que chegou a R$ 2,25 mil (+3,35%) no ano passado.

Somente quando se observa o indicador ‘escolaridade de nível superior completo’, é que observa alta superior ao salário das trabalhadoras, que passou de R$ 3,33 mil para R$ 3,60 mil, ou mais 8%. Para os homens, a média com nível superior passou de R$ 4,95 mil para R$ 5,31 mil, incremento anual de 7,29%. A média de remuneração para trabalhadores com superior completo passou de R$ 3,99 mil para R$ 4,29 mil, expansão de 7,60%.

A Rais mostra também que o mato-grossense está estudando mais. Aliás, a formação no ensino médio predomina entre os empregados. Pouco mais de 42,8% da massa tem o ensino médio completo, contra 40,34% em 2011. Do total das 744,55 mil trabalhadores formais, 319,74 mil têm diploma de conclusão do segundo grau. Os homens respondem 62% das vagas preenchidas.

Dentro do perfil dos trabalhadores, a maior parte da força laboral tem entre 30 e 39 anos, porém, houve evolução sobre as contratações de pessoas mais velhas, no Estado. Os com idade entre 50 anos a 64 anos, por exemplo, passaram de 81,80 mil para 88,38 mil, incremento anual de 8,05%.

DENTRO DAS EMPRESAS – O Estado é formado por empresas de grande porte. Dos mais de 744 mil empregos formais contabilizados até dezembro de 2012, 112,44 mil estavam contratados por empresas com mais de 1.000 vínculos ativos. Outros 105,10 mil empregados em empresas com 20 a 49 vínculos ativos. As pequenas e micro empresas também ampliaram a oferta de postos, as empresas com até quatro vínculos ativos aumentaram em 4,14% as suas contratações no ano passado.

Os maiores salários não foram pagos nem pelo campo e bem pela indústria de transformação, e sim, pelas instituições de crédito, seguro e capitalização, como bancos. Conforme a Rais, as médias de remuneração passaram de R$ 3,82 mil para R$ 3,86 mil (+1,08%), seguido pelos serviços industriais de utilidade pública, que apresentou a maior elevação relativa de um ano ao outro: +35,53%. Com essa alta, os salários médios passaram de R$ 2,37 mil para R$ 3,22 mil. Já terceiro melhor pagador é a administração pública direta e autárquica, com remunerações aumentadas em 6,09% de R$ 3 mil para R$ 3,19 mil. O setor que oferta o menor salário no Estado, entre os 25 listados pelo Rais, é a indústria de calçados, R$ 872,12.
 






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