Vereadores do PSD em São Paulo defendem voto distrital
A bancada de vereadores do PSD na Câmara de São Paulo anunciou nesta terça-feira (11) que trabalhará para que o partido defenda o voto distrital nas eleições para o Legislativo.
Na opinião do presidente da Câmara, Police Neto (PSD), o modelo é o que mais aproxima o parlamentar da população. "É uma posição que esperamos adotar nacionalmente", afirmou.
No voto distrital, o colégio eleitoral é dividido por regiões e o candidato com mais votos em cada uma delas é eleito. Atualmente, o Brasil adota o sistema proporcional, em que o número de cadeiras é repartido de acordo com a votação de cada partido.
Para Police Neto, a mudança do sistema eleitoral depende de uma reforma política mais ampla. "Não dá para adotar o voto distrital e não alterar a Constituição. A regra para uma metrópole como São Paulo não pode ser aplicada a municípios com menos de mil eleitores", disse o parlamentar, reiterando a posição do PSD de realizar uma Assembleia Constituinte para reformar a legislação de 1988.
O vereador defendeu o aumento no número de vereadores da cidade, atualmente no teto permitido pela legislação, de 55 parlamentares, como forma de aproximar o político da população e descentralizar as ações da prefeitura.
"Cada um representa 200 mil eleitores. Nem os deputados têm um coeficiente tão alto", argumentou.
A descentralização das ações da administração municipal, porém, foi retroagida na gestão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), que retirou poderes das subprefeituras, dados no governo da ex-prefeita e atual senadora Marta Suplicy (PT), e tornou-as zeladorias de bairro.
Segundo Police Neto, a volta da centralização dos programas ocorreu por diferenças de pensamento. "Era um modelo que não concordávamos, que privilegiava os currais eleitorais e os políticos que já estavam no poder."
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