Os Estados Unidos não têm "nenhuma ameaça" a seu domínio no Pan-Americano de Guadalajara. A análise é do jornal mexicano El Informador. Mesmo sem convocar seus melhores atletas especialmente no atletismo e na natação, os norte-americanos competirão no México com uma equipe forte, composta por 627 esportistas - dez dos quais já foram campeões dos Jogos Olímpicos.
Nas 15 edições já realizadas do Pan, os EUA só não lideraram o quadro de medalhas duas vezes: em Buenos Aires 1951 e Havana 1991, superados respectivamente pelos mandantes Argentina e Cuba. No total, os americanos subiram ao pódio na primeira posição em 1.769 vezes, contra 781 de Cuba e 347 do Canadá. O Brasil soma 239, atrás ainda da Argentina (258).
No Rio de Janeiro 2007, a delegação ianque manteve-se na ponta com 97 medalhas de ouro, 88 de prata e 52 de bronze. Seus perseguidores mais próximos foram Cuba (59, 35 e 41 respectivamente) e Brasil (54, 40 e 67).
Para Guadalajara 2011, a expectiva é de novo muito boa. Em entrevista à agência francesa AFP, o chefe de relações públicas do Comitê Olímpico dos EUA, Christy Cahill, negou que tenha feito um cálculo de vitórias para o Pan, mas ressaltou que o país deve brilhar com "figuras e equipes de elite projetadas para a Olimpíada de Londres 2012". Já Scott Blackmun, presidente da entidade, previu que a nação levará ao México uma "mescla especial que orgulhará" os torcedores.
Nessa "mescla" estão desde 41 medalhistas olímpicos até promessas que usarão o evento para ganhar experiência. No atletismo, por exemplo, os americanos terão 90 esportistas, apenas cinco que disputaram o último Campeonato Mundial, em Daegu, entre agosto e setembro desta temporada.
No entanto, como indica Cahill, os EUA terão força máxima em esportes que distribuem vagas nos Jogos de Londres, como canoagem, saltos ornamentais, tiro esportivo, nado sincronizado, tênis de mesa, handebol, triatlo e pólo aquático.
Também viajará ao México uma estrela do esgrima: Mariel Zagunis, campeã olímpica no sabre feminino em Atenas 2004 e Pequim 2008. Outra figura de destaque é a ginasta Shawn Johnson, que ganhou uma medalha de ouro na modalidade trave na última Olimpíada, além de três pratas (no individual geral, no solo e por equipes).
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