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Meio Ambiente
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 12:03
Por: Héveny Bandeira

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Divulgação/Subcomadec
Catástrofe registrada na seca de 2009 no município de Manaquiri AM
Catástrofe registrada na seca de 2009 no município de Manaquiri AM

O Projeto de Monitoramento de Catástrofes GEO-PICTURES foi apresentado, na segunda-feira (3), no prédio da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA), Zona Centro-Sul, pelo representante da empresa Ansur Technologies – Noruega, Harald Skinnemoen.

O sistema, desenvolvido por meio de uma parceria internacional entre o Brasil e a Comunidade Europeia, estará em estudo até fevereiro de 2012. O GEO atua com metodologia de pré-impacto, na iminência do desastre, e pós-impacto, que permite verificar e visualizar, por meio de imagens e vídeos enviados à central na Noruega, a evolução do problema ambietal. Segundo o Harald Skinnemoen, o retorno será dado de forma rápida, em questão de segundos.

Testes são realizados na Escola Superior de Tecnologia (Foto: Divulgação/Subcomadec)
Testes são realizados na Escola Superior de
Tecnologia (Foto: Divulgação/Subcomadec)



Os cursos de Meteorologia, Engenharia Civil e Florestal, entre outros, participam de forma direta e prática na conclusão dos estudos. O objetivo é de desenvolver soluções tecnológicas para mapear áreas de riscos.

Responsável pela estação meteorológica, a professora e doutora Maria Betânia também coordenadora do projeto. Ela ressalta que a estação alimenta o sistema com informações em tempo real. "Foram desenvolvidos softwares e com eles a estação capta todos os dados e envia a cada 10 minutos um arquivo com informações sobre temperatura, umidade e pressão, e imagem obtida do céu. Um exemplo prático está sendo realizado no Igarapé do Mindu, monitorando o nível da água".

Em países onde há grandes desastres como Índia, Paquistão, Irã e Haiti, o sistema já está sendo utilizado. Segundo o secretário-executivo do Subcomadec, Roberto Rocha, há equipes trabalhando em campo, fazendo testes e avaliações no Amazonas. "O sistema pode ser aplicado, por exemplo, numa área onde temos o fenômenos Terras Caídas, muito frequente na região, pois as nossas equipes não coseguem chegar nesses locais por conta do risco. A aeronave vai até o local, faz mapeamento, registra a imagem e envia por sistema", conclui.

Para o secretário de Ciência e Tecnologia do Amazonas (Sect), Odenildo Sena, há uma evidência, com as mudanças climáticas globais, as consequências começam a aparecer de forma afetar a população. "Quando há uma catástrofe na região amazônica isto repercute mundialmente, portanto é preciso que os países compartilhem inovação, pesquisa e tecnologias, pois todos os países estão sujeitados às consequências de quaisquer catástrofe".

Alagação no Centro de Manaus, em 2010 (Foto: Divulgação/Subcomadec)
Alagação no Centro de Manaus, em 2010
(Foto: Divulgação/Subcomadec)



O próximo passo do projeto no Amazonas é realizar outros testes. Segundo a coordenadora da Estação Meteorológica da UEA, Maria Betânia, as novas coletas de informações serão realizadas no município de Balbina, a 187 km de Manaus. "Em Balbina, nós teremos um local remoto. Aqui utilizamos a internet para enviar as informações para o site da Ansur Technologies, no interior será via satélite", revelou.

Em todo o país, somente a Universidade Estadual (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) participam do desenvolvimento do projeto. Representantes das duas instituições já realizaram viagens para apresentação dos projetos experimentais. Além das universidades, a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telecom), o Subcomadec e a Sect, juntamente com outras instituições europeias, integram o Projeto Geo Pictures no Brasil.





Fonte: Do G1 AM

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