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Quarta - 09 de Outubro de 2013 às 08:09

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Reprodução/TVCA
Greve dos Correios em Mato Grosso segue por tempo indeterminado
Greve dos Correios em Mato Grosso segue por tempo indeterminado

Cerca de 200 mil correspondências devem sofrer atrasos na entrega, em Mato Grosso, por conta da greve dos funcionários dos Correios que já dura 23 dias. Ao G1, a assessoria de imprensa da estatal informou que nesta terça-feira (8), 91% dos funcionários no estado trabalharam normalmente. Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios alega que 650 dos 1.670 contratados aderiram à greve nacional.

A suspensão do movimento grevista deverá ser decidido na manhã desta quarta-feira (9), durante assembleia geral da categoria, previsto para as 9h, na Praça da República, em Cuiabá. O presidente do sindicato, Alexandre Aragão, disse em entrevista ao G1 que os trabalhadores vão analisar a proposta dos Correios, sobre o dissídio coletivo, aprovada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), na noite desta terça-feira (8).

O Tribunal determinou o fim da paralisação nacional e estabeleceu que todos os funcionários dos Correios retornem ao trabalho na próxima quinta-feira (10). “Vamos verificar o que foi aprovado e analisar junto com a categoria se a proposta contempla ou não a pauta de reivindicação”, pontuou.

Para reduzir o atraso na entrega de cartas e encomendas, a empresa fez um mutirão neste final de semana, em Várzea Grande, região metropolitana, quando foram distribuídas 125 mil correspondências. Desse montante, 200 mil cartas simples aguardam entrega. Segundo os Correios, as correspondências urgentes estão com a distribuição em dia.

A manifestação já atingiu 20 municípios do interior de Mato Grosso, de acordo com o sindicato, incluindo Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana. A estimativa do sindicalista é de que 65% dos trabalhadores da área operacional tenham parado as atividades.

Decisão

O TST definiu que os trabalhadores receberão reajuste de 8% conforme acordo firmado com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O aumento será retroativo a agosto. Os empregados queriam que o reajuste se estendesse para o vale-alimentação, mas ficou definido que será seguida a proposta da empresa, de 8% para os salários e 6,27% para o vale.

Porém, em Mato Grosso, a categoria pede 15% de aumento real no salário, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real. O atual plano de saúde também estava na pauta de reivindicações dos trabalhadores no estado e foi mantido pelo TST. Os empregados têm um plano admnistrado pela empresa e qualquer alteração só pode ser feita por comissão de trabalhadores e dos Correios.

Para o TST, a greve não foi abusiva e ficou decidido que os empregados compensem os dias parados por duas horas diárias, de segunda a sexta, em até seis meses. A Justiça analisou o caso num processo de dissídio porque não houve acordo entre trabalhadores e a empresa.
 





Fonte: Do G1 MT

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