Deputado federal e ex-prefeito de São Paulo é acusado de desviar US$ 1 bilhão dos cofres públicos e depositá-lo no exterior
Maluf será julgado no Supremo por lavagem de dinheiro
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (29), por maioria de 7 a 1, abrir ação penal envolvendo o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e mais dez réus por lavagem de dinheiro.
A Corte entendeu que o político, seus parentes e outros investigados tiveram participação ativa no envio de US$ 1 bilhão para o exterior, em sua maior parte provenientes de desvio de obras da Avenida Jornalista José Roberto Marinho, antiga Avenida Água Espraiada, em São Paulo.
O Tribunal também abriu ação penal envolvendo os mesmos réus, exceto Paulo Maluf e sua mulher, Sylvia Maluf, por formação de quadrilha. O casal não responderá a essa acusação porque tem mais de 70 anos de idade. Isso não significa que a Justiça inocentou o casal Maluf. Apenas reconheceu que perdeu o prazo para julgá-los.
A avenida foi construída quando Maluf era prefeito de São Paulo, na década de 1990. O Ministério Público (MP) diz que a obra foi superfaturada, com custo final de R$ 796 milhões, e que boa parte do dinheiro foi enviada ao exterior por meio de doleiros, retornando ao Brasil em investimentos na empresa Eucatex, da família Maluf. O processo tramita em segredo de Justiça.
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