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Meio Ambiente
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 15:37

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O uso sustentável da água será um dos grandes desafios da humanidade neste século. A FAO afirma que, em 2050, termos que alimentar e matar a sede de mais de 9 bilhões de pessoas. A água é um recurso essencial para a vida e fundamental ao desenvolvimento social e econômico e sua escassez pode levar a um retrocesso das condições de vida conquistadas, principalmente, no último século. As implicações dessas questões para o Brasil serão debatidas na 5ª Reunião da Seção Brasil do Conselho Mundial da Água (CMA), amanhã (27/9), a partir das 15h, em Brasília, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, e o presidente do CMA, Loïc Fauchon, abrirão o evento.

Durante o encontro, a senadora Kátia Abreu assinará o termo de filiação da CNA ao Conselho Mundial da Água. "Queremos contribuir para a construção das propostas para o uso sustentável da água, esse recurso tão importante para a vida. A água não mata só a sede, é também um insumo essencial para a produção de alimentos e fundamental para a manutenção da saúde dos ecossistemas", explicou a presidente da CNA. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2006, "a futura gestão da água está sujeita a pressões em duas frentes. No lado da demanda, a industrialização, a urbanização e a mudança dos hábitos alimentares farão crescer a procura por alimentos e pela água usada na sua produção. Do lado da oferta, as alternativas são limitadas".

O patrimônio hídrico brasileiro é abundante. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), 12% da água doce do mundo nascem em território nacional. Se a conta incluir as águas que passam pelo Brasil, mas que têm origem nos países vizinhos, esse número sobe para 18%. Tudo isso, no entanto, impõe ao Brasil o desafio de usar de forma sustentável seus recursos hídricos, ao mesmo tempo em que busca o desenvolvimento econômico e social. "O desafio, não só do Brasil, mas de todos os países, é conseguir o equilíbrio entre o uso da água como elemento do ecossistema e dos recursos hídricos como vetor de desenvolvimento", afirma o diretor da ANA, Paulo Varella.

Nesta 5ª Reunião da Seção Brasil do CMA, os participantes do encontro buscarão consenso para as políticas de gestão de recursos hídricos. As propostas serão levadas ao 6º Fórum Mundial da Água, que será realizado na cidade francesa de Marselha, de 12 a 17 de março de 2012. A cada três anos, o CMA e um país anfitrião organizam o Fórum, que serve de plataforma para debater questões de proteção e preservação da água, com o objetivo de apresentar idéias, propostas e alternativas para o uso sustentável dos recursos hídricos. "O Fórum é um evento mundial que trata do tema água. Nós temos que mostrar que o Brasil usa seus recursos hídricos com responsabilidade, por meio de tecnologia de ponta e com consciência social", afirma o Superintendente da ANA, Ricardo Andrade.

O CMA é uma entidade criada em 1996 com a finalidade de promover a conscientização sobre questões críticas de uso e gestão da água em todo o mundo. Atualmente, o Conselho congrega cerca de 400 filiados de 70 países. O Brasil participa com 20 membros, entre eles a Agência Nacional de Águas (ANA), Petrobras, Itaipu, Odebrecht, Serviço Geológico Brasileiro, diversas universidades, entidades representativas e, a partir desta terça-feira, a CNA.






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