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Cidades/Geral
Segunda - 26 de Setembro de 2011 às 19:47
Por: Vania Costa

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O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo a Criança, ao Adolescente e ao Idoso, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), visitou no último sábado (24) a sede do Programa Rede Cidadã. Recebido pela coordenadora tenente-coronel Zózima Dias dos Santos Sales, o deputado teve a oportunidade de conhecer as dependências da Rede e ouvir relatos de pessoas que foram vítimas de violência.

Emanuel Pinheiro disse que se surpreendeu com os relatos chocantes que ouviu. “São situações chocantes de violência, mães perdendo os filhos para as drogas, famílias sendo dilaceradas pela violência que na maioria dos casos movidas pelas drogas licitas e ilícitas. Isso é revoltante!” declarou Pinheiro e ainda disse que não vai relatar os casos para não violar os direitos das pessoas ouvidas.

O parlamentar ficou sensibilizado com os casos e apoio oferecido pela Rede às vítimas, porém, se surpreendeu ao saber que o Programa não tem Assistente Social e Psicóloga para acompanhar essas pessoas.

De acordo com a Tenente Zózima o maior problema enfrentado não é financeiro e sim de gestão. “O problema nosso não é de dinheiro, nós não temos gestão”, apontou.

Segundo a Coronel o Programa Rede Cidadã oferece aos jovens e criança aulas de informática, práticas desportivas e culturais, na tentativa de inibir a violência, tirando jovens e crianças das ruas e levando para a sala de aula, no entanto, nos falta profissionais engajados exclusivamente ao Programa.

Para o presidente da Comissão a violência deve ser encarada como um problema de todos, da sociedade e do Estado. “A violência é um problema nosso, não podemos cruzar os braços”, salientou Pinheiro.

No ponto de vista do deputado um dos fatores que mais contribuem para a violência é a evasão escolar, entretanto, a evasão não é um problema apenas da Educação, mais também da segurança pública.

Pinheiro se prontificou a apoiar os trabalhos da Rede Cidadã. “Apoio os trabalhos do Programa, estou movido pelo esforço que vocês fazem para conseguir fazer com os trabalhos não parem, mesmo com a falta de profissionais. Vou marcar uma audiência com o governador Silval Barbosa (PMDB), com o secretário de segurança pública Diógenes Curado, para que vocês exponham as dificuldades e as reivindicações”, disse.   

De acordo com a Coronel Zózima o foco principal de atuação do projeto é o combate à violência e ao consumo e tráfico doméstico de drogas, a prostituição infantil, além de maior atenção ao idoso e a violência contra a mulher. Garantindo oportunidade e acesso a momentos de lazer, esporte, cultura e cidadania.

A coordenadora afirma que várias famílias já procuraram a Rede e várias escolas também já aconselharam alguns pais a encaminharem seus filhos para o programa. "Nosso objetivo é ampliarmos o atendimento a mais crianças, unindo forças com as bases comunitárias de segurança”, declarou.

Segundo a Tenente Coronel o trabalho é feito dentro da filosofia de polícia comunitária. “Esta filosofia tem como objetivo capacitar os policiais para exercer a filosofia de polícia para a comunidade e multiplicar a ideia, bem como difundir essa filosofia entre os líderes de bairros, que estão cotidianamente junto à população”, destacou.

O presidente convidou a Coronel Zózima e a equipe da Rede Cidadã para participar no próximo dia 06 de outubro, às 14h, da reunião da Comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, para expor todos os projetos e dificuldades a sociedade e aos deputados membros da comissão.

A Rede Cidadã funciona em uma antiga cadeia ao lado do Centro Sócio-educativo de Cuiabá, que abrigava adolescentes infratores, o projeto Rede Cidadã deu início às suas atividades, em 1999 por meio das Bases Comunitárias.






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