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Terça - 13 de Setembro de 2011 às 08:59

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A tarde de ontem (12) foi marcada pela paralisação da rede estadual de ensino em Mato Grosso, com caminhada dos trabalhadores da Educação pelo Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá. Mais de 51 municípios do Estado participaram da mobilização, que saiu da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), passou pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Secretaria de Estado de Administração (SAD), Palácio do Governo, e retornou à Seduc. Eles reivindicam piso salarial de R$ 1.312,00, hora atividade para os interinos e mais investimentos em Educação.

Por meio de manifestações, dossiês, cartas, cartazes e faixas que denunciam as condições das escolas aos deputados, a categoria pretende chamar a atenção e denunciar o descaso do poder público com a Educação. “Os companheiros de todo o Estado atenderam ao nosso chamado. Além da participação de vários municípios, hoje temos atos públicos acontecendo em outras cidades. Queremos denunciar o descaso com que o governo tem lidado com as políticas públicas, inclusive com a Educação”, ressalta Jocilene Barboza dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).

Caravanas de diversos municípios participaram da caminhada, entre eles: Mirassol D’Oeste; Campo Novo do Parecis; Nova Olímpia; Sapezal; Barra do Bugres; Chapada dos Guimarães; Poconé; Barão de Melgaço; Rondonópolis; Santo Antônio do Leverger; Jaciara; Nobres; São José do Rio Claro, além da regional Oeste II. As subsedes de Rondonópolis e Cáceres também realizaram ato público na praça central dos municípios. Segundo Jocilene Barboza, a categoria continuará com as denúncias e reivindicando melhorias na Educação de Mato Grosso. “Queremos chamar a atenção da população para mostrar a realidade da Educação no Estado, já que o governo não investe o suficiente para garantir qualidade de ensino para os alunos, valorização profissional e estrutura nas escolas. A greve está suspensa, mas a luta continua”, frisa a vice-presidente.

Denúncias – A Seduc/MT ficou repleta de dossiês e cartas escritos pelos alunos e profissionais de todo o Estado. Neles, os estudantes denunciam as más condições das escolas aos deputados. Ricardo de Assis, diretor da regional Oeste I do Sintep/MT, conta que o município de Poconé passa pelos mesmos problemas que várias outras cidades de Mato Grosso. “Temos escolas que estão há três anos em reforma. Das 10 escolas do município, três receberam aparelhos de ar-condicionado que ainda não foram instalados por falta de estrutura elétrica. É comum vermos professores doentes, sem condições de dar aulas por trabalhar com duas ou três jornadas”, afirma.

A situação não é diferente em escolas das redes municipais de ensino. O dossiê da Escola Municipal Professor Benjamin Padoa, de Alta Floresta, denuncia que a instituição de ensino possui apenas três cozinheiras para um público de 1.200 pessoas e não possui nenhum porteiro. “A escola foi construída em 2003 e foi preciso entrar na justiça para garantir que fosse construído um refeitório, que até hoje não foi forrado. Não existe quadra esportiva. Possuímos relatórios das Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat) e de outros técnicos afirmando que a escola corre risco de pegar fogo, devido à fragilidade da rede elétrica”, alerta.






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