Repórter News - reporternews.com.br
Variedades
Terça - 06 de Setembro de 2011 às 16:12

    Imprimir


O crescimento do mercado imobiliário no Brasil, especialmente o voltado para as faixas de renda média e baixa, tem incentivado o uso do sistema construtivo com alvenaria estrutural com bloco de concreto em todo o país, mesmo em regiões sem tradição no uso de blocos de concreto. A expansão está ligada às vantagens técnico-econômicas propiciadas pelo sistema: rapidez na execução e diminuição de mão de obra, devido ao fato de que as paredes, ao serem erguidas, já são a estrutura, diminuindo drasticamente a necessidade de contratação de operários especializados, como os montadores de fôrmas de madeira para a construção de pilares e vigas, necessárias no sistema convencional. Também instalações elétricas e hidráulicas podem ser previstas, já no projeto, embutidas nos blocos, agilizando ainda mais os trabalhos nos canteiros, ou seja, atuando fortemente na industrialização da construção. E, ainda, ao fato de que o Brasil já conta, atualmente, com fábricas de blocos de qualidade em praticamente todas as suas principais regiões.
 
Assim, a economia possibilitada pelo uso da alvenaria estrutural com blocos de concreto, que alcança 30% (prédios de até 15 andares) a 15% (torres com 20 pavimentos), de acordo com pesquisadores de universidades renomadas, como a Poli-USP, Federal de São Carlos-SP e Federal do Rio Grande do Sul, está levando o sistema construtivo para estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país, que não tinham tradição de construir com blocos de concreto. A presença de grandes construtoras do Sudeste/Sul, como Cyrela, Gafisa, MRV e Direcional, entre outras, ajuda a espalhar esse sistema construtivo pelo Brasil. Em Natal, no Rio Grande do Norte, por exemplo, construtoras sediadas em São Paulo e que passaram a atuar no aquecido mercado da capital potiguar, como a Cyrela e a Rossi, entre outras, já desenvolvem mais de dez empreendimentos, alguns deles com mais de 400 unidades em torres de 19 e 20 pavimentos.
 
Com os investimentos previstos pelo governo federal de R$ 126 bilhões para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que vai até 2014 e prevê a construção de 2 milhões de unidades, a tendência é de o uso do sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto se espraiar ainda mais pelo país. No Centro-Oeste, esse sistema também está presente em obras na região de Brasília, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Nesses estados, construtoras e incorporadoras como as mineiras MRV e Direcional, a paranaense Plaenge e a paulista Brookfield desenvolvem empreendimentos com até mil unidades cada, recorrendo à alvenaria estrutural com blocos de concreto. “Hoje, temos fabricantes de qualidade e com capacidade de atender à demanda crescente por parte das construtoras”, afirma o engenheiro Fernando Crosara, gerente da regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
 
“O fato de a maioria das regiões brasileiras contar com fabricantes de bloco que possuem o Selo de Qualidade da ABCP, que representa uma garantia de produção em conformidade com as normas brasileiras, tem incentivado essa expansão da alvenaria estrutural com blocos de concreto”, avalia o arquiteto Carlos Alberto Tauil, consultor técnico da BlocoBrasil- Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto.  As 53 empresas fabricantes de blocos associadas à BlocoBrasil têm capacidade produtiva instalada de 56,357 milhões de blocos por mês, suficientes para a produção de 56 mil unidades habitacionais de 50 m2 mensalmente.
 
 
 
REGIÃO                     CAPACIDADE PRODUTIVA              
Nordeste                       707.000 blocos/mês                                    
Centro-Oeste                1.600,000 blocos/mês                                 
Sudeste                         47.040,000 blocos/mês                               
Sul                                7.010,000 blocos/mês                                 
Total                            56.357.000 blocos/mês





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/76917/visualizar/