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Politica Brasil
Terça - 30 de Agosto de 2011 às 13:46

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (30), em Caruaru (PE), que aprovar projetos que aumentem os gastos públicos sem indicar a origem dos recursos é um "presente de grego". Ainda segundo a presidente, "não é propícia" a discussão desses temas em tempos de crise financeira internacional.

Em entrevista a rádios locais de Pernambuco, Dilma foi perguntada se seria um "presente" o Congresso não discutir a Emenda 29, que fixa percentuais de investimentos da União, estados e municípios na saúde, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que determina um piso salarial nacional.

"Eu não quero é que me deem presente de grego. Eu quero saber como serão os investimentos necessários para garantir saúde de qualidade, de onde vão sair os recursos. O que considero é que, num momento de crise financeira internacional, não é propícia a aprovação de despesas sem dizer de onde virão os recursos. Que eles aprovassem as despesas, mas tivessem firmeza e coragem de aprovar também de onde vão vir os recursos", disse a presidente.

Presidente Dilma cumprimenta população de Cupira, em Pernambuco, onde assina ordens de serviços de obras de barragens (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Presidente Dilma cumprimenta população de Cupira, em Pernambuco, onde assina ordens de serviços de obras de barragens (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)



A presidente disse ainda não crer que a Emenda 29 vá resolver a questão da saúde no Brasil. "Eu acho que o caso da saúde não se resolve só com a Emenda 29. Acho uma temeridade alguém achar que só aprovando uma lei que define percentuais de gastos vai revolver o problema da saúde. Em qualquer lugar, não só no Brasil, a saúde é cara."

Economia nas contas públicas
Dilma também comentou as medidas anunciadas na segunda-feira (29) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de aumentar a meta de superávit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública em R$ 10 bilhões neste ano.

A presidente garantir que não haverá cortes em programas sociais. "Nós vamos manter todos os investimentos, vamos manter o PAC, o Minha Casa, Minha Vida, as obras da COpa, as barragens como essa que vamos dar início aqui (Dilma foi a Pernambuco assinar contrato de construção de barragens). E vamos manter todos os programas sociais, Bolsa Família."

Dilma disse que cortar os gastos públicos é uma forma de assegurar "que o Brasil continue crescendo porque essa é a nossa maior defesa contra a crise, nosso mercado interno". "É o que garante que sejamos um país que conte com suas próprias forças, o que vai manter os empregos e a economia crescendo. A maior resposta contra a crise é o crescimento do país."

Segundo mandato
Ao comentar as obras de transposição do Rio São Francisco, no Nordeste, a presidente evitou fazer comentários sobre uma possível disputa à reeleição. Sobre a transposição, disse que trata-se de uma construção "complexa" e disse que uma parte será inaugurada até o final de 2014 e outra no quatro trimestre de 2015, quando seu mandato já terá acabado. O entrevistador perguntou "Somente no segundo mandato?", e a presidente respondeu: "Nunca se sabe".

Presidente Dilma ao desembarcar em Caruaru, Pernambuco, onde participa de assinaturas de atos e inaugurações nesta terça (30) (Foto: Clemilson Campos / JC Imagens / Agência Estado)P
residente Dilma ao desembarcar em Caruaru, Pernambuco, onde participa de assinaturas de atos e inaugurações nesta terça (30) (Foto: Clemilson Campos / JC Imagens / Agência Estado)





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