Júlio Campos buscará viabilizar recursos junto à Sudeco para subsistência da pecuária pantaneira
O deputado federal Júlio Campos (DEM/MT) buscará viabilizar recursos junto à Superintendência Regional do Centro-Oeste, para a implantação de um projeto de desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade para apoiar, monitorar e dar viabilidade econômica à pecuária familiar da região pantaneira de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“A Embrapa tem um projeto de ferramentas técnicas e científicas que custará em média R$ 350 mil, que precisam ser implantadas urgentemente para tornar a economia dessa região mais viável, para que ela subsista. Por isso, articularei junto a Sudeco a possibilidade de liberação destes recursos”, pontuou o parlamentar.
Segundo Júlio, a pecuária pantaneira sequer tem como ser competitiva em função de se localizar dentro do Pantanal e ter condições diferenciadas e mais dificultosas, com altos custos produtivos, com estradas precárias e entraves para o transporte da produção, como também para a chegada de insumos ao local.
“Por essas particularidades a pecuária familiar pantaneira tem que ter um tratamento diferenciado das demais, diante do alto nível de dificuldade”, avalia o parlamentar.
O deputado já se reuniu em Mato Grosso do Sul com a coordenadora geral da Embrapa do Pantanal, Emiko Rezende que responde pela região dos dois estados e a recebeu em audiência nesta quarta (24) para traçar estratégias para viabilizar recursos para a implantação do projeto na região pantaneira.
Para Emiko, para a subsistência do setor pantaneiro é necessário um tratamento específico, com a redução dos impostos, e incentivos às famílias tradicionais do local que contribuírem com a implantação das ferramentas de sustentabilidade.
“É preciso apoiar estas famílias tradicionais que há muitos anos residem no pantanal que já produzem com sustentabilidade para que elas permaneçam preservando o ‘Paraíso Ecológico’, pois a biodiversidade do Pantanal é inestimável em valores”, argumenta Emiko.
A pecuária sustentável do Pantanal tem 270 anos, com rebanho superior à 5,5 milhões de bovinos, 87% da vegetação original está conservada, 98% dos recursos da produção é renovável.
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