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Politica Brasil
Quarta - 24 de Agosto de 2011 às 11:19

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A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado iniciou, na manhã desta quarta-feira, a reunião em que serão sabatinados três indicados para compor a diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Paulo de Tarso Cancela Campolina de Oliveira é indicado para diretor de Administração e Finanças, Adão Magnus Marcondes Proença, para diretor de Infraestrutura Aquaviária, e Mário Dirani, para diretor de Infraestrutura Ferroviária. Diversos dirigentes do Dnit foram afastados desde o início de julho, quando foram feitas denúncias de corrupção no órgão vinculado ao Ministério dos Transportes.

Na mesma reunião, serão lidos relatórios com currículos de outros dois indicados para ocupar postos no Dnit: Roger da Silva Pêgas, para a diretoria de Infraestrutura Rodoviária, e José Florentino Caixeta, para a diretoria de Planejamento e Pesquisa. Os dois deverão ser sabatinados na próxima semana. A comissão é presidida pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).

A crise no Ministério dos Transportes


Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo.

O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".

Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos de um filho do ministro. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.

Além de Nascimento, outros integrantes da pasta foram afastados ou demitidos, entre eles o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron - único indicado pelo PT na direção do órgão -, o diretor-executivo do Dnit, José Henrique Sadok de Sá, o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, e assessores de Nascimento.

Com informações da Agência Senado





Fonte: Terra

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