Superintendência de Mato Grosso copia cabeçalho de despacho antigo firmado pelo ex-diretor para formalizar no ‘Diário Oficial’ termo aditivo de obra
Mesmo fora do cargo, Pagot "assina" contrato do DNIT
O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot (PR), ao que parece, não foi atingido pela "faxina" que a presidente Dilma Rousseff fez no Ministério dos Transportes e que resultou na demissão do republicano.
Reportagem de O Estado de S. Paulo, nesta terça-feira (16), revela que, embora a sua carta de demissão tenha sido entregue no Palácio do Planalto no dia 25 de julho passado, Pagot ainda assina aditivos para obras contratadas pela autarquia.
Para o jornal paulista, a faxina feita por Dilma, quando nada, "não livrou o Governo do fantasma de Luiz Antonio Pagot".
Confira a reportagem do Estadão, assinada pelo repórter João Domingos, da Sucursal de Brasília:
Fora do cargo, Pagot "assina" contrato do DNIT
A faxina feita pela presidente Dilma Rousseff nos Transportes não livrou o Governo do fantasma de Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Embora sua carta de demissão tenha sido entregue no dia 25 de julho, Pagot ainda assina termos aditivos para obras contratadas pela autarquia.
O Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira, 15, publicou termo aditivo para a duplicação e restauração de um trecho de 8,6 quilômetros, na Serra de São Vicente, em Alto Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Goiás. O documento foi assinado justamente por Pagot.
De acordo com o DOU, a assinatura ocorreu no dia 9, exatamente 15 dias depois de Pagot ter pedido as contas e anunciado que iria para a iniciativa privada. Na ocasião, chegou a afirmar que não respeitaria a quarentena exigida para todos os servidores públicos que deixam suas funções.
A obra, que mereceu o termo aditivo - cuja licitação foi vencida pela Construtora Delta -, teve o custo previsto de R$ 26,819 milhões. Foi contratada em 2009.
O termo aditivo assinado entre o ex-chefão do Dnit e a empreiteira não foi, desta vez, para alterar valores, mas para prorrogar o prazo de entrega.
Suspensão
As suspeitas de corrupção no setor de transportes, que levaram ao afastamento de 27 pessoas - entre elas Pagot e Alfredo Nascimento do Ministério dos Transportes -, fizeram com que o governo suspendesse as licitações e os termos aditivos logo depois do dia 4 de julho.
Comentários