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Terça - 16 de Agosto de 2011 às 08:10

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São três vitórias nos últimos três jogos. Antes pressionado pela torcida, o técnico Caio Junior agora vive um bom momento à frente do Botafogo. Segundo ele, o ambiente dado para trabalhar é o que tem sido o diferencial na carreira.

? Aqui dentro, em nenhum momento fui pressionado, muito pelo contrário. A diferença para o Botafogo é que existe uma blindagem da forma ideal. Poucas pessoas circulam pela minha sala, só os dirigentes. Acho isso muito bom, porque nos deixam trabalhar e nos dão muita tranquilidade ? garantiu o treinador, que, nesta entrevista exclusiva ao LANCENET!, abordou diversos as-suntos, como sua passagem pelo Flamengo, além de sua evolução. Confira o bate-papo:

MARCELO BENEVIDES: Nos clubes, de onde vem a pressão?

CAIO JUNIOR: No Brasil vem de muitas formas. O principal hoje, infelizmente, é a internet. Ela abre oportunidade de muita gente criticar e isso influencia dirigentes, conselheiros e torcida.

GUILHERME MARTINS: No Flamengo, a pressão era diferente?

C J: O clube tem uma característica diferente da do Botafogo. Eu me adaptei a isso. A pressão é enorme, muitas vezes me senti sozinho e isolado lá por causa dessa forte pressão. É diferente porque a pressão é maior.

M B: Você guarda mágoa?

C J: A minha saída foi normal, não guardo mágoa. O que me atrapalhou foi a saída de jogadores, sem um planejamento para recompor. Esse erro não foi só meu e sim de todos no clube.

G M: Você fica abalado com a pressão da torcida?

C J: O que vem de fora procuro não absorver nada. Fico chateado pela cultura do nosso torcedor. Alguns vão com intenção de xingar e são mal-educados. Infelizmente, é assim no Brasil. Lá fora não.

M B: O que mais gosta de trabalhar em um jogador?

C J: Tem um ditado que sempre uso: ?O fraco usa a força e o forte usa o diálogo?. O principal é o trabalho com a psicologia. Isso me fascina muito. Se não recuperar o jogador psicologicamente, não o recupera taticamente e tecnicamente.

G M: O que mudou de sua saída do Flamengo para hoje?

C J: Fez eu ser mais detalhista. Analisar mais o futebol na parte tática, me preparar mais e estudar mais. Para mim, o segredo de uma equipe é a posse de bola e aprendi muito fora do país.

M B: Como fez para conquistar a confiança do Loco Abreu?

C J: Conquistei ele com a verdade. Tem de ter argumento e ser autêntico. Se eu conquistei o Loco Abreu é porque ele está vendo que sou um cara verdadeiro.

G M: Você é sempre calmo. O que lhe tira do sério?

C J: Quando eu sinto que existe algo por trás que não é verdadeiro. Isso para mim é umas das coisas que me tiram do sério, assim como duvidar do meu caráter.

M B: Acredita que existe má-fé de alguns árbitros no Brasil?

C J: Não sei se existe isso. Existem influência e pressão, que alguns árbitros sentem e outros não. Contra Avaí (Copa do Brasil) e Figueirense (Campeonato Brasileiro), eram árbitros que não estavam preparados para arbitrar a Série A.

G M: Acredita que falta caráter para alguns treinadores?

C J: Não posso falar sobre o caráter de todos. Existe uma desunião em função de muita pressão. En-quanto 20 estão trabalhando, têm milhões querendo trabalhar.

No Flamen-

go, a pressão era diferente?






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