Próximo à nascente do rio, que corta o local, duas erosões estão se formando. A maior possui cerca de três quilômetros de extensão e 30 metros de profundidade.
O problema foi denunciado à Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema). Segundo o delegado Luziano de Carvalho, uma das causas das erosões é devido ao desrespeito às áreas de preservação permanentes, as APPs. “A tendência é sempre piorar. Não se tem feito nenhuma iniciativa de proteção. Quando se trata de APP o problema é muito grave”, alerta.
O policial militar ambiental Enaldo Cabral da Silva, que está acostumado a investigar crimes ambientais, ficou assustado com a dimensão dos estragos: “Eu até imaginei que fosse uma represa que tivesse estourado e carregado muito sedimento, porque aqui formou um banco de areia muito forte. Depois cheguei em uma outra voçoroca que é a causa de todo o carregamento desse solo arenoso. O que nós conseguimos ver aqui é um cemitério de árvores mortas.”
Para o delegado, as voçorocas na fazenda de Jataí são consideradas um dos crimes ambientais mais graves, atualmente, no estado. “A conclusão é que estamos diante de um dos danos ambientais mais graves de Goiás. Agora, nós temos que usar todos os meios, trazer técnicos, fazer um levantamento minucioso e buscar, imediatamente, os responsáveis”, afirma.
O dono da fazenda Altomi Vieira da Silva alega que as erosões começaram com uma chuva forte. Mas, admite que não se preocupou com o problema: “Teve uma chuva muito pesada e rompeu a cabeceira. Eu acho que este foi problema, então, o gado veio a cortar as curvas e foi descendo enxurro. Muitas vezes, nós ficamos acomodados e não corremos atrás. Mas, estamos tomando consciência de que precisamos fazer alguma coisa.”
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