O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse no início da tarde desta quinta-feira em Porto Alegre que a presidente Dilma Rousseff não tem força suficiente para enfrentar a crise pela qual passa seu governo. "Ela tem alguma vontade, mas força não tem demonstrado", disse Guerra, durante almoço na capital gaúcha com deputados estaduais e integrantes do partido.
O presidente tucano também disse que o governo deve apurar melhor as denúncias de corrupção, insinuou que há pessoas sendo protegidas nas investigações e voltou a questionar o poder da presidente. "O País inteiro espera que ela supere as dificuldades e se imponha como presidente da República. Até agora nem conseguiu nomear seu segundo escalão e já começou a demitir o primeiro, que eu nem sei se foi ela que nomeou. Não dá para fazer de conta que a crise é do PR", disse.
Guerra afirmou ainda que os movimentos que resultaram na avalanche de denúncias não partem da oposição, e sim da própria base aliada, frisando que não podem ser estabelecidas "regras de proteção a poderosos". Questionado sobre se a presidente conseguiria adotar todas as medidas necessárias sem fragilizar ainda mais sua base, ele disse que "se ela peitar mesmo, vão reclamar um pouco, mas é um pessoal que não tem para onde ir, vai ficar por lá mesmo, de tão acostumado que já está."
Em Porto Alegre, Guerra teve uma agenda reservada com a diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) pela manhã. Segundo ele, tratou com os empresários sobre a situação econômica do Estado e a crise externa. No almoço com os tucanos gaúchos, o debate foi sobre as eleições municipais de 2012. O PSDB pretende ter como candidato à prefeitura da capital o presidente estadual da sigla e deputado federal Nelson Marchezan Jr., que ciceroneou Guerra durante todo o tempo.
Na terra do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), o tucano voltou a dizer que o PSDB está de portas abertas para receber o peemedebista. Mas quando lhe perguntaram sobre as especulações de que Jobim poderia pleitear a indicação para ser o próximo candidato a presidência da República pelo partido de José Serra e do senador Aécio Neves (MG), foi categórico: "Não estamos chamando ninguém para ser presidente não.
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