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Politica Brasil
Segunda - 08 de Agosto de 2011 às 19:42

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Com o slogan "Um novo Brasil, uma nova política", o PT lançou na última sexta-feira, 5, a campanha pela reforma política em que o ponto central será o financiamento público das campanhas eleitorais.

Durante reunião do diretório nacional, o relator da reforma na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), detalhou para os petistas o anteprojeto que apresentará à comissão especial nesta quarta-feira, 10.

Apesar do financiamento público, Fontana abre espaço para doações de empresas privadas e de estatais para um fundo geral para as eleições, que será gerido pelo Tribunal Superior Eleitorral (TSE).

O relatório teve aprovação unânime do diretório, mas há uma avaliação geral de que será muido difícil aprovar as mudanças no Congresso.

Segundo Fontana, empresas públicas e privadas que quiserem "colaborar com a democracia" poderão fazer doações ao fundo, sem direcionar os recursos a partidos ou candidatos.

"Se a Petrobrás ou a Eletrobrás financiam a cultura, também podem doar para este fundo. Da mesma forma, uma empresa privada que queira contribuir não escolherá um candidato ou um partido, mas fará um doação geral para o fundo", disse o deputado.

Para aumentar as chances de aprovação do relatório, Fontana propõe um sistema misto de votação, em que metade dos deputados e dos vereadores é eleita por sistema de lista fechada e outra metade em voto proporcional, como acontece atualmente. Por esse mecanismo, o eleitor vota primeiro em uma legenda e depois em um candidato.

Outra proposta de Fontana é o fim das coligações para eleições de deputados e vereadores, mas com a possibilidade de formação de "federações", que na prática funcionam como coligações, mas devem ter duração de pelo menos três anos.

Na campanha institucional, que deverá distribuir cem mil folhetos e cartazes pelos diretórios de todo o País, o PT vai enfatizar o voto em lista fechada, que é defendido pelo partido.

Na reunião do diretório, o presidente da Câmara, Marco Maia (RS), e outros petistas reconheceram as dificuldades de chegar a um acordo com os partidos.

"Se entendemos que do jeito que está não dá para continuar, temos que buscar uma saída. Acho que não vai haver retrocesso. Se não avançar, tem que ficar como está.

No Congresso, o ótimo é inimigo do bom", disse o ex-presidente do PT José Eduardo Dutra, que começa a retomar as atividades partidárias depois de um período afastado para tratamento de saúde.

O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), disse ter confiança em um acordo mínimo que viabilize pelo menos o financiamento público. "É preciso acabar com essa exuberância eleitoral", afirmou.






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