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Politica Brasil
Quarta - 03 de Agosto de 2011 às 20:10

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O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), classificou como "vexame" a atitude do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). Ele retirou seu apoio do requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes, mas voltou atrás e assinou novamente o documento. "Isso é um vexame, as pessoas aqui parecem elástico, cada hora está numa posição", disse.

Demóstenes criticou a posição do governo, pois considerou que a atitude do senador foi fruto de pressão da base governista. Ataídes é suplente temporário de João Ribeiro (PR-TO), que está afastado para tratamento de saúde. O líder do Democratas disse que a oposição ainda tentará conseguir as duas assinaturas que faltam para instalar a CPI.

"É pressão do governo, claro, isso fica mal até para a presidente porque ela disse que quer fazer uma faxina, mas ao mesmo tempo não quer investigação. Nós vamos lutar para conseguir as duas outras assinaturas. É totalmente contraditória a senhora presidenta da República, porque na realidade ela diz que quer promover uma faxina, mas ao mesmo tempo não deixa que se faça uma investigação", afirmou.

Pressionado pelo PSDB, o senador Ataídes Oliveira voltou a assinar requerimento para a instalação da CPI para investigar um suposto esquema de corrupção no Ministério dos Transportes, superfaturamento de obras e a denúncia de envolvimento de empreiteiras no pagamento de propina. Após o recuo do parlamentar tucano, Reditário Cassol (PP-RO) retirou seu apoio à criação do grupo de trabalho. Com o vai-e-vem de assinaturas, a oposição ainda precisa angariar dois senadores para conseguir o mínimo de 27 para a viabilização da CPI.

Líder tucano diz que não conseguirá assinaturas
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que não conseguirá reunir as 27 assinaturas necessárias para instalar a CPI. Após conversar com a secretária-geral da Mesa Diretora, Cláudia Lyra, o senador disse que o requerimento da CPI será arquivado no início da sessão por não contar com o apoio mínimo necessário previsto no Regimento Interno da Casa.

Com isso, Dias terá que começar do zero a coleta de assinaturas para tentar abrir a CPI. "Nós teremos que buscar novas assinaturas em um novo requerimento, mas não há dificuldade nisso. Quem deseja manter sua assinatura vai colocar novamente, só que em um papel novo", disse o líder tucano.






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