PT diz concordar com explicações de ministros ao Congresso
Os líderes do governo e do PT na Câmara, deputados Cândido Vaccarezza (SP) e Paulo Teixeira (SP), disseram nesta segunda-feira (1º) que concordam com a ida de ministros ao Congresso para falar sobre supostas irregularidades em suas pastas.
Os dois ressalvaram, porém, que deve haver convite, e não convocação.
A oposição anunciou que pretende apresentar requerimentos para convocar cinco ministros: Agricultura (Wagner Rossi), Transportes (Paulo Passos), Minas e Energia (Edison Lobão), Desenvolvimento Agrário (Afonso Florence) e Cidades (Mário Negromonte).
A ofensiva acontece tanto no Senado quanto na Câmara.
"Eu sou favorável que os ministros sejam convidados para falar sobre suas pastas e eu não vou criar dificuldades", afirmou Vaccarezza (SP). "Qualquer ministro que for convidado, nós concordaremos. Concordamos com qualquer esclarecimento prestado à sociedade brasileira", disse Teixeira.
Os dois líderes também falaram sobre a diferença de tratamento dada ao casos de suspeitas de irregularidades nos ministérios do governo Dilma. O PR reclama que a cúpula no Ministério dos Transportes caiu por acusações menores das que foram feitas contra o Ministério da Agricultura.
Para os petistas, um dos fatores que mais conta pontos para a permanência de ministros e seus subordinados é a condição política. "Minha avaliação é que não foram só as denúncias, mas também uma decisão política", disse Vaccarezza, referindo-se à queda de mais de vinte pessoas do Ministério dos Transportes.
Além dos ministros, a oposição também quer convocar o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, e o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Celso Lacerda.
Vaccarezza participou de reunião nesta segunda-feira no Palácio do Planalto e negou que a crise tenha sido discutida.
RETORNO
Os líderes petistas negaram que a crise em diversos ministérios do governo possa influenciar os trabalhos no retorno do Congresso. Nesta segunda-feira, o PT reúne sua bancada para tratar das prioridades do semestre. E, segundo Teixeira, o partido quer votar principalmente as reformas políticas e tributárias.
O financiamento para a saúde, as 40 horas semanais da jornada de trabalho e a emenda constitucional contra o trabalho escravo também foram apontados como prioridade.
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