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Politica Brasil
Segunda - 01 de Agosto de 2011 às 13:29

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A presidente Dilma Rousseff não cobrou explicações do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, sobre as denúncias feitas pelo seu irmão Oscar Jucá Neto, ex-diretor financeiro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a respeito de corrupção no Ministério da Agricultura.

O senador era um dos participantes da reunião de coordenação do governo, na manhã de hoje, no Palácio do Planalto. O novo líder do governo no Congresso, Mendes Ribeiro (PMDB-RS), participou da reunião pela primeira vez.

Segundo a ministra Helena Chagas (Comunicação Social), que apresentou um resumo da reunião à imprensa, as denúncias a respeito da pasta da Agricultura, comandada pelo PMDB, principal aliado do governo, não foram abordadas na reunião. Também não está prevista, segundo a ministra, uma conversa entre a presidente e Jucá para discutir o assunto.

Em entrevista à revista "Veja", o irmão de Jucá, exonerado após determinar o pagamento de R$ 8 milhões a um armazém em nome de laranjas, acusa o ministério comandado por Wagner Rossi (PMDB), afilhado político do vice-presidente Michel Temer, de retardar um pagamento determinado pela Justiça ao armazém Caramuru.

O motivo seria uma tentativa de negociar um aumento artificial de R$ 5 milhões no valor a ser pago ao armazém, de forma que esse valor fosse embolsado por autoridades do ministério. A Conab também teria vendido um terreno em área valorizada de Brasília por um quarto do valor de mercado a um vizinho do senador Gim Argello (PTB-DF), também com influência política dentro do ministério. Rossi nega as acusações.

A ausência de cobranças de Dilma em relação ao caso contrasta com a atitude tomada por ela na crise dos Transportes, comandado pelo PR, quando determinou uma "faxina" no ministério após suspeitas de irregularidades levantadas pela imprensa e que já resultou em 22 demissões, entre elas a de Alfredo Nascimento (PR-AM), que comandava a pasta.

POLÍTICA INDUSTRIAL

A reunião, segundo Helena Chagas, foi dominada pela discussão da agenda prioritária do governo com a volta do Congresso Nacional ao trabalho, após recesso de 15 dias.

Amanhã, a presidente assina medida provisória com a definição da nova política industrial do governo. O texto final foi acertado durante o fim de semana por técnicos da área ecomômica. Os detalhes sobre a desoneração da indústria estão sendo mantidos em sigilo. O plano, já batizado de "Brasil Maior", será lançado amanhã, em cerimônia no Planalto.

Também na área tributária, na semana que vem a presidenta deverá anunciar as mudanças nas regras do Super Simples, que será enviado ao Congresso na forma de projeto de lei complementar.

Até setembro, a presidente quer enviar ao Legislativo outros quatro projetos de lei: Lei Geral da Copa, os marcos legais da internet e da mineração, além da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que trata da alteração da DRU (Desvinculação das Receitas da União), que permitirá maior liberdade de movimentação orçamentária ao governo.






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