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Politica Brasil
Domingo - 31 de Julho de 2011 às 17:19

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O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou nesta sexta-feira (29), durante a divulgação do primeiro balanço do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, que a determinação da presidente Dilma Rousseff de reavaliar todos os contratos executados pela pasta vai afetar o andamento de obras.

"Por determinação da presidente Dilma Rousseff, estamos fazendo uma reavaliação de todas as obras no Ministério dos Transportes. Isso vai afetar aqueles projetos que estão em execução e principalmente aqueles que estão na sua fase de concepção. Será feito um exame apurado", disse Passos.

O ministro afirmou que a crise iniciada com a demissão de Alfredo Nascimento da pasta e vários diretores ligados ao PR está chegando ao fim.

"Já estamos saindo da crise", disse Passos.

O ministro disse que a exoneração de vários diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não prejudicará a administração do órgão, pois será publicado um decreto dando poderes ao "Conselho de Administração do Dnit para resolver, em caráter transitório e excepcional, a designação de diretores para que se possa assegurar a continuidade das atividades do órgão".

Passos disse que até o início da próxima semana, a presidente Dilma Rousseff decidirá sobre os novos nomes para a diretoria do Dnit. Ele disse ainda que está à disposição para prestar todos os esclarecimentos ao Congresso caso seja convidado.

As mudanças nos quadros dos Transportes começaram após reportagem da revista "Veja", publicada no início de julho, relatar que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Passos assumiu a pasta após Nascimento pedir demissão. Ao todo, já foram demitidas ou afastadas 20 pessoas no ministério.

Aditivos
Durante o balanço do PAC 2, Passos afirmou que não se pode "demonizar" o termo aditivo, instrumento que possibilita a alteração de cláusulas de convênios e contratos e pode causar aumento no prazo de entrega e no valor das obras. As denúncias de irregularidades em aditivos contratuais de obras do governo em benefício de integrantes do PR foi um dos motivos da demissão de Alfredo Nascimento e do ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot.

Segundo Passos, a partir de agora os aditivos ocorrerão em menor escala. "Para resolver o problema, vamos trabalhar com bons projetos executivos e projetos básicos de excelente qualidade". Passos afirmou que com "projetos executivos detalhados, os aditivos ocorrerão de maneira controlável e é isso que interessa ao governo e aos órgãos de controle".





Fonte: Do G1

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