Oposição comemora decisão do Ministério Público de investigar Palocci
O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), comemorou a decisão anunciada na segunda-feira (25) pelo Ministério Público Estadual de São Paulo de abrir investigação sobre suposto crime de lavagem de dinheiro envolvendo a compra do apartamento ocupado desde setembro de 2007 pelo ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil), em Moema, zona sul de São Paulo.
Em seu blog, o tucano afirmou que a "novela Palocci está longe do seu último capítulo". "Os indícios apontam para a prática de atos simulados com a utilização do chamado laranja", disse.
A representação apresentando por Dias e os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) motivou a decisão do Ministério Público de abrir a investigação.
A apuração do caso Palocci ficará sob responsabilidade do Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartéis e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos), braço do Ministério Público.
O imóvel foi avaliado em R$ 4 milhões e pertence a Gesmo Siqueira dos Santos, que tem uma folha corrida com mais de 120 inquéritos policiais.
A Procuradoria também encaminhou cópia da petição ao chefe do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel, para um segundo procedimento sobre eventual improbidade envolvendo Palocci. O aluguel do apartamento é de cerca de R$ 15 mil. Quando Palocci o alugou recebia R$ 16 mil como parlamentar.
A crise que levou à saída de Palocci do governo Dilma teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ex-ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, quando ele foi deputado federal e manteve, paralelamente, uma consultoria privada.
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