Porém, a maior insatisfação parecia ser em relação ao treinador. Ao longo do duelo, em vários momentos, o nome de Cuca, desempregado no momento, foi gritado nas arquibancadas.
Cuca foi técnico do Botafogo entre 2006 e 2008 e, apesar de não ter conquistado nenhum título importante, sempre contou com o respeito do torcedor alvinegro, que tinha até cânticos em homenagem ao treinador. Ele retribuía com declarações de amor ao clube, que o fizeram, inclusive, ficar marcado como botafoguense para alguns veículos de imprensa e torcedores adversários.
Ao dirigir o Flamengo em 2009, Cuca encontrou resistência dos torcedores por conta da fama de alvinegro. O tema prosseguiu em pauta quando Cuca dirigiu o Fluminense em 2009 e, durante uma entrevista no gramado, parou de comentar o que lhe foi perguntado para mostrar a um repórter uma camisa do Botafogo na arquibancada. O rótulo, porém, foi sendo deixado de lado após ter livrado o Fluminense do rebaixamento naquele mesmo ano.
O caminho contrário vem sendo seguido por Caio Junior, que pouco depois de assumir o comando do elenco criticou o comportamento da torcida, que em alguns jogos em casa "persegue" alguns jogadores, como o lateral direito Alessandro: "O que não pode acontecer é com cinco minutos haver vaias para o Alessandro. Quem não quiser incentivar, é melhor que não venha ao estádio", disse o treinador após a vitória por 3 a 1 sobre o Coritiba.
As críticas surtiram efeito negativo nas comunidades do clube em redes sociais e o treinador acabou tendo que dar explicações, mas depois do episódio desta quarta-feira, o treinador botafoguense evitou comentários
"Me nego a falar sobre isso. É uma falta de respeito conosco, não é profissionalismo", disse Caio Junior, alegando o pouco tempo que teve para implantar a sua filosofia de trabalho. Alguns reforços sequer estrearam e outros ainda estão fora de forma. Isso sem falar em atletas que continuam afastados do plantel, como o atacante Loco Abreu, servindo à seleção uruguaia na Copa América.
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