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Meio Ambiente
Terça - 19 de Julho de 2011 às 19:59

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Cientistas da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, de Jaboticabal, afirmam que quando o solo é coberto de palha de cana-de-açúcar a liberação de gás carbônico na atmosfera é 20% menor.

Liderados pelo físico Newton la Scala Júnior, a equipe de pesquisadores chegou a conclusão de que sem a palha o estoque de carbono da terra alastra-se mais facilmente. Segundo a pesquisa, durante 50 dias a diferença de emissão entre o terreno coberto e o desprotegido foi de 400 quilos de carbono ou 1,5 mil quilos de gás carbônico.

Realizada no período entre 2008 e 2010, a pesquisa foi intitulada “Impactos das práticas de manejo nas emissões de CO2 do solo em áreas de produção de cana-de-açúcar no Sudeste do Brasil”.

A palha abafa o solo e impede que a temperatura da terra se eleve demais, com isso a terra acumula maior índice de umidade e faz com que a atividade das bactérias presentes na terra seja menos intensa. Com essa diminuição, a emissão de gás carbônico é menor.

O método utilizado no estudo foi comparar três cenários: terreno coberto com uma espessa camada de palha de cana-de-açúcar, solo com apenas parte desta palha e lavoura sem proteção no solo após a colheita. Vários suportes de PVC com câmara acoplada foram espalhados para fazer as medições, onde um sistema com infravermelho capta o fluxo gasoso.

“Sabidamente, as áreas com cana crua, onde a colheita foi mecanizada, ou seja, não utilizou a queima, são menos poluidoras do ar, mas nossa pesquisa mostra que, mesmo no sistema menos contaminante, a simples retirada da cobertura do solo já causa emissões de CO2 significativas”, explica La Scala.

A mesma equipe já havia realizado uma pesquisa em que calcularam toda a emissão de gás carbônico em um sistema de cultivo sucroalcooleiro, o resultado foi de três mil quilos de CO2 por hectare. Sem a palha, há um acréscimo de 1,5 mil quilos, o que faz o solo ser o maior emissor isolado do sistema.

Este projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As pesquisas vão continuar e outros aspectos da manutenção de palha no solo serão investigados nos próximos estudos. Com informações da Unesp.






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