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Politica Brasil
Terça - 19 de Julho de 2011 às 07:10
Por: HUMBERTO FREDERICO

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Rodolfo Stuckert
Parlamentares federais recebem uma Cota para Exercício da Atividade Parlamentar para custear os gastos do mandato
Parlamentares federais recebem uma Cota para Exercício da Atividade Parlamentar para custear os gastos do mandato
Os deputados federais por Mato Grosso gastaram em apenas cinco meses de mandato, neste ano, R$ 852,5 mil, da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap), também conhecida por verba indenizatória. Os valores são usados para pagamento de postos de combustíveis, fretamento de aeronaves, entre outras ações relacionadas a atuação parlamentar.

O parlamentar mais velho da bancada mato-grossense, Carlos Bezerra (PMDB), é o que mais gasta com a cota. Contando os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho, o peemedebista usou R$ 147,3 mil para os seus gastos.

Um dos gastos mais elevados do peemedebista é com a divulgação das atividades parlamentares. R$ 55 mil foram empregados com a Gráfica e Papelaria BSB, de Brasília. O peemedebista gastou também R$ 36 mil com aluguel de carro, na locadora Modena, em Brasília, em março, abril e maio.

O ex-deputado federal Ságuas Moraes (PT), que perdeu a vaga na semana para Nilson Leitão (PSDB), foi o segundo deputado que mais usou a verba indenizatória, gastando R$ 140 mil. Março foi o período que o petista mais utilizou a verba com combustível, empregando R$ 4,5 mil.

O progressista Neri Geller figura na terceira posição dentre os gastadores mato-grossenses, tendo utilizado até junho R$ 129,4 mil. Boa parte dos gastos dele foi computada em fevereiro, no primeiro mês dele como parlamentar, quando ele utilizou R$ 28,2 mil, deste montante, R$ 21,6 mil foram destinados ao aluguel de avião.

Voltando a atuar como deputado federal, após quase duas décadas afastado do Congresso, o democrata Júlio Campos foi o quarto colocado no ranking dos mais gastam, tendo utilizado R$ 126,2 mil. Os maiores gastos dele foram com consultoria e pesquisa, somando R$ 37 mil.

O deputado federal Valtenir Pereira gastou no total R$ 110,5 mil. Maio foi o mês que ele mais se utilizou da cota, R$ 32,9 mil. Mais da metade destes gastos, R$ 16,8 mil, foram usados para pagar fretamento de aeronave.

O republicano Homero Pereira foi um dos deputados que gastaram nos primeiros meses acima de R$ 100 mil, mais especificamente, R$ 113,9 mil. Mais da metade dos gastos dele foram computados no mês de fevereiro, impressionantes R$ 56,3 mil. Deste montante, 29,1 mil foi usado para fretar aeronave e 16,4 mil foram usados para locar veículos.

O empresário da comunicação, Roberto Dorner (PP), utilizou no total R$ 95,2 mil, boa parte do montante foi direcionado para se fazer divulgação da atividade parlamentar. O mês de abril foi o que mais Dorner usou a cota, devido a gastos extras com emissão de bilhete aéreo e conta de telefone.

O líder da bancada, Wellington Fagundes (PR), é o deputado mato-grossense com menos gastos na Câmara Federal, somando R$ 89,1 mil.

Hoje o salário de um deputado federal é de R$ 16.512,09. Além disso, os parlamentares têm uma verba de R$ 60 mil para contratação de funcionários. Os deputados por Mato Grosso recebem também mais R$ 29 mil para a Cota para Exercício de Atividade Parlamentar.

EXTENSÃO -

A extensão territorial de Mato Grosso, um dos maiores do país, é um dos motivos para os parlamentares apresentarem gastos considerados elevados com combustível e fretamento, além de aluguel de veículos, para fazerem o deslocamento no interior do Estado para atuar junto com as bases eleitorais.





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