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Meio Ambiente
Terça - 19 de Julho de 2011 às 06:33
Por: JOANICE DE DEUS

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Os assentamentos onde não há registro de queimadas ou desmatamento ilegal serão priorizados pelo programa de regularização ambiental dos governos federal e de Mato Grosso.

Ontem, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinaram termo de cooperação para liberação de licença em 600 áreas rurais existentes no Estado.

O ato contou com a presença da Ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, que pela segunda vez esteve este ano em Mato Grosso.

“Da última vez que estive aqui foi em função do desmatamento detectado no Norte de Mato Grosso no mês de abril”, lembrou a ministra.

Desta vez, ela veio ao Estado para a abertura da reunião de trabalho dos secretários de Estado do Meio Ambiente da Amazônia Legal, em que foi lançado o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman/MT).

O objetivo do Ciman/MT é potencializar as ações de prevenção e combate a incêndios florestais no Estado. A intenção é que os trabalhos sejam realizados de forma integrada entre os órgãos federais e estaduais, especialmente os nove Estados que compões a Amazônia Legal.

Na oportunidade, Isabella Teixeira anunciou a liberação de R$ 12 milhões de um total de R$ 80 mi solicitados e apresentados em projetos pelo governo do Estado ao Fundo Nacional de Meio Ambiente para as ações ambientais no Estado.

Conforme o secretário de Meio Ambiente Alexander Maia, o recurso será aplicado na instalação de uma base (estão previstas quatro) de combate a incêndios em Sinop (região Norte de Mato Grosso). “A base será em Sinop, mas irá abranger 40 municípios da região”, disse Maia.

Já o governador Silval Barbosa espera que o trabalho de ordenamento ambiental das áreas rurais sirva de modelo para os demais estados brasileiros.

“São mais de 600 assentamentos, que quando regularizados terão um instrumento forte para produzir com sustentabilidade. Hoje, a preocupação com esses assentamentos são os focos de incêndios”, destacou o governador. Outro problema, conforme ele, são as áreas indígenas, com a retirada ilegal de madeiras.

Barbosa também aproveitou a presença da ministra e solicitou o agendamento de uma reunião, em Brasília, para apresentar oficialmente o projeto de Zooneamento Ecológico, aprovado para o Estado.

Os dados atuais e exatos sobre o desmatamento em Mato Grosso devem ser divulgados ainda hoje. Conforme Isabella Teixeira, dados do satélite Deter apontam para uma redução da derrubada no mês de junho em relação a maio deste ano. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, ainda é maior.

O último levantamento divulgado foi em junho passado, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que Mato Grosso teve 93,7 quilômetros quadrados de florestas devastadas em maio, índice 77% menor que o registrado em abril, quando o estado teve 405,5 km² de devastação. Ainda assim, superior em 80% a maio do ano passado, quando perdeu 51,8 quilômetros quadrados de mata. Foi o estado que registrou maior destruição na Amazônia Legal no mês passado.





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