Recursos do Brasil sem Miséria esperam aprovação no Congresso
Lançado há mais de um mês como principal aposta do governo Dilma Rousseff, o programa Brasil sem Miséria tem slogan e página na internet, mas os recursos para tirá-lo do papel não foram aprovados no Congresso.
O crédito extra de R$ 1,2 bilhão para as primeiras ações de erradicação da pobreza extrema ainda não tem data para ser liberado.
O Brasil sem Miséria foi lançado no início de junho e deve custar ao governo cerca de R$ 20 bilhões ao ano.
O ambicioso plano tem como objetivo cumprir promessa de campanha de Dilma, de tirar, até 2014, 16,2 milhões de pessoas da miséria --o governo está considerando, como linha da pobreza extrema, a renda mensal de até R$ 70.
A maior parte dos recursos virá de programas na área social que já estão em execução, como o Bolsa Família, que custa ao Executivo cerca de R$ 16 bilhões por ano, segundo a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
Para este ano, no entanto, a presidente enviou ao Congresso uma proposta para suplementar o Orçamento em R$ 1,2 bilhão, que serão investidos nas ações do Brasil sem Miséria.
"Não podemos nos esquecer da crise mais permanente, mais desafiadora e mais angustiante, que é termos a pobreza crônica instalada no nosso Brasil", disse Dilma durante discurso de lançamento do plano.
O evento aconteceu no meio da crise provocada pela revelação, na Folha, de que o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, havia multiplicado seu patrimônio por 20 nos quatro anos em que foi deputado federal pelo PT de SP. Palocci deixou o governo dias depois do lançamento.
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