Mesmo após escândalo, Dilma deve manter ministério com PR
Embora a presidente Dilma Rousseff tenha dito a interlocutores que irá ter calma na escolha do novo ministro dos Transportes, o governo já sondou o senador Blairo Maggi (PR-MT) para o cargo.
Apesar da sondagem, o Planalto não descartava efetivar o atual secretário-executivo do ministério, Paulo Sérgio Passos, recém-filiado ao PR e interino no cargo até definição do sucessor.
Passos é considerado um nome técnico e tem a simpatia da presidente, mas não conta com o apoio da sigla.
O ex-titular do cargo Alfredo Nascimento não resistiu às acusações de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta e pediu demissão do cargo nesta quarta-feira.
As suspeitas de corrupção foram reveladas pela revista "Veja" no fim de semana. O caso ganhou repercussão e a presidente Dilma pediu que o CGU (Controladoria-Geral da União) investigasse as acusações.
Ainda no sábado (2), data em que a revista foi às bancas, Dilma determinou o afastamento de quatro integrantes da cúpula do ministério, incluindo o diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot.
Na segunda-feira (4), após reunião de Nascimento com a presidente, a Secom (Secretaria de Comunicação) divulgou comunicado manifestando confiança no ministro e o escalando para comandar as investigações na pasta.
Porém, a crise se intensificou com a acusação de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, teria aumentado seu patrimônio de forma ilícita.
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