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Meio Ambiente
Quinta - 26 de Setembro de 2013 às 23:46

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Bernd Wustneck/DPA/Picture-Alliance/Arqu
Gado no município de Zingst, Alemanha, no dia 25 de setembro
Gado no município de Zingst, Alemanha, no dia 25 de setembro
As emissões de gases de efeito estufa produzidas pelo gado, em particular pela flatulência de vacas, podem diminuir 30% graças a um maior uso das boas práticas e tecnologias existentes, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) publicado nesta quinta-feira (26).

 
Cerca de 45% desses gases vêm da produção e do processamento de alimentos, 39% são provenientes da digestão das vacas e 10% vêm da decomposição do esterco, lembra a FAO, que tem sede em Roma. O restante se deve ao processamento e transporte de produtos de origem animal.
O relatório, intitulado "Enfrentar a mudança climática através do gado: Uma avaliação global das emissões e das oportunidades de mitigação", é o estudo mais exaustivo já feito até hoje, segundo a organização.


 
No total, as emissões de gases de efeito estufa associadas à cadeia de produção de gado chegam a 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2eq, medida que soma a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases na atmosfera) por ano, o que representa 14,5% de todas as emissões desses gases de origem humana, destaca a FAO.


 
A adoção de melhores práticas e tecnologias para alimentação, saúde, criação de gado e gestão de esterco, além do uso de geradores de biogás e dispositivos de economia de energia, podem permitir reduzir a emissão de gases em 30%, calcula a organização.


 
No caso dos bovinos, bastaria usar um pasto mais fácil de digerir. A genética também poderia ajudar a melhorar espécies para que emitam menos gases, diz a FAO.


 
"Essas novas descobertas demonstram que há um grande potencial para melhorar o comportamento ambiental do setor, e nos fazem perceber que esse potencial está realmente ao nosso alcance", afirmou Ren Wang, vice-diretor geral da FAO, responsável pelo Departamento de Agricultura e Proteção do Consumidor.


 
Com a demanda crescente de produtos da indústria agroalimentar, em particular nos países emergentes, "é imperativo que o setor comece agora a trabalhar para alcançar essas reduções, para ajudar a compensar o aumento das emissões globais que o crescimento futuro da produção de gado implicará".


 
No entanto, nos países desenvolvidos, onde a intensidade de emissões é relativamente baixa, mas o volume global da produção e das emissões é alto, mesmo uma pequena diminuição na intensidade pode resultar em ganhos significativos. Esse é o caso, por exemplo, da produção leiteira na Europa e na América do Norte, e da criação de suínos na Ásia Oriental.




Fonte: Do G1

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