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Cidades/Geral
Quinta - 26 de Setembro de 2013 às 21:57
Por: Kelly Martins

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A direção da Empresa de Correios e Telégrafos em Mato Grosso poderá descontar dos funcionários em greve os salários dos dias parados. O superintendente Regional dos Correios, Nilton Nascimento, disse ao G1 que pretende se reunir com representantes da categoria na tarde desta quinta-feira (26) para tentar um acordo, que evite os descontos na folha de pagamento. “Vamos tentar negociar a possibilidade de compensar esses dias e evitar o corte. Cada regional recebeu a autonomia de negociar a greve e é o que estamos buscando”, declarou ao pontuar que a legislação prevê que a paralisação implica a suspensão do contrato de trabalho.


 
A paralisação já dura nove dias em Mato Grosso e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, 650 dos 1.670 funcionários aderiram à greve. “Estão querendo nos intimidar e amedrontar os trabalhadores com esse anúncio de corte. O movimento está crescendo a cada dia e essa possibilidade de cortar salário nada mais é do que uma tentativa de enfraquecer nossa manifestação”, comentou o presidente do sindicato, Alexandre Aragão. Ele ressalta que os trabalhadores vão continuar de braços cruzados por tempo indeterminado.


 
A manifestação já atingiu 20 municípios do estado, de acordo com o sindicato, incluindo Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana. A estimativa do sindicato é de que 65% dos trabalhadores da área operacional tenham parado as atividades, enquanto os outros 40% determinados pela Justiça cumprem as atividades em Mato Grosso. Em contrapartida, a assessoria de imprensa dos Correios informou ao G1 que 91,44% dos funcionários mantêm as atividades normalmente.


 
 A categoria pede 15% de aumento real no salário, mais reposição da inflação entre agosto de 2012 e julho deste ano, reposição das perdas salariais desde o plano real, e que seja mantido o atual plano de saúde. Contudo, os Correios oferecem reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura.


 
A empresa informa que apesar da greve, a rede de atendimento está aberta em todo Brasil e que os únicos serviços que não estão disponíveis são os de postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada nos locais com paralisação deflagrada.




Fonte: Do G1 MT

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