O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), enfrenta protestos de tradicionais aliados e ameaças de greve e até de um levante de magistrados devido a um pacote que ele tenta aprovar na Assembleia para aumentar contribuições à Previdência de uma parte do funcionalismo. O Plano de Sustentabilidade Financeira, apelidado de "pacotarso" por opositores, desagrada a sindicatos alinhados ao PT, que veem nele uma "privatização" do sistema previdenciário. Os professores da rede estadual, liderados por uma petista, suspenderam as aulas por um dia na semana passada, o que deve ser repetido nos dias de votação do projeto. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Os juízes do Estado também podem ter mudanças na contribuição, o que motivou reunião com deputados da oposição na terça-feira. O centro de Porto Alegre está tomado por cartazes e outdoors com críticas a Tarso, assinados por sindicatos e partidos. A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia analisa a proposta, que pode ser votada na semana que vem. O pacote inclui alterações nas regras de pagamento de dívidas originadas de processos judiciais e institui a cobrança por inspeção veicular no Estado. Na terça-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as associações estaduais do Ministério Público e dos delegados da Polícia Civil divulgaram nota criticando o plano, que opositores consideram inconstitucional por criar diferentes patamares de contribuição, de acordo com o salário.
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