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Meio Ambiente
Terça - 24 de Setembro de 2013 às 21:13

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AP
Iceberg derrete na gélida costa de Ammasalik, na Groenlândia: cada vez é mais provável que em 2050 o oceano Ártico não t
Iceberg derrete na gélida costa de Ammasalik, na Groenlândia: cada vez é mais provável que em 2050 o oceano Ártico não t
O painel climático da ONU deveria se preocupar em fazer relatórios mais curtos e focados, em vez de avaliações abrangentes como a que será publicada nesta semana, segundo muitos cientistas e governos.


 
Os grandes estudos sobre o aquecimento global, produzidos a cada seis ou sete anos pelo Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), são muito respeitáveis, mas a produção consome muito tempo e, em alguns casos, se desatualizam rapidamente.


 
"Um arrasa-quarteirão a cada seis anos não é mais realmente útil", disse Myles Allen, professor da Universidade de Oxford e um dos autores que contribuíram com um sumário das conclusões do IPCC a ser apresentado na sexta-feira em Estocolmo.
 


Muitos especialistas acham que seria aconselhável produzir relatórios mais frequentes e mais focados, a respeito de secas, inundações e ondas de calor no ano pregresso, por exemplo, para avaliar se a mudança climática está influenciando na sua frequência ou severidade.


 
Já os relatórios especiais poderiam focar em questões como a produção de alimentos sob um clima em mutação, as perspectivas de geoengenharia - projetos para reduzir a incidência de luz solar, por exemplo - ou os riscos de mudanças irreversíveis, como o rápido degelo da Antártida Ocidental.


 
O IPCC está trabalhando em três relatórios de visão geral, totalizando cerca de 3.000 páginas, começando pelo sumário de 31 páginas a ser lançado na sexta-feira, após quatro dias sendo editado por cientistas e representantes governamentais.​


 
Um grande trunfo do IPCC é que as avaliações climáticas são aprovadas tanto por cientistas quanto por governos, o que dá a esses textos uma ampla aceitação nas negociações para um acordo climático global, a ser aprovado até 2015. Possíveis reformas serão discutidas em outubro na Geórgia.


 
"Apoio o ciclo global de avaliação, mas argumentamos fortemente pela necessidade de complementá-lo com atualizações frequentes", disse Johan Rockstrom, diretor do Centro de Resiliência de Estocolmo.


 
O governo dos EUA apresentou neste ano propostas para reformas do IPCC, também defendendo mais relatórios especiais. A Grã-Bretanha sugeriu ferramentas tipo "wiki", para permitir atualizações mais frequentes, e a Itália argumenta que não há a "necessidade automática" de mais um grande relatório sobre a ciência da mudança climática, como o que será lançado em Estocolmo, elevando para cerca de 95 por cento a probabilidade de que o aquecimento global tenha causas humanas.




Fonte: Terra

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