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Politica Brasil
Terça - 07 de Junho de 2011 às 10:15

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A Câmara Municipal de São Paulo decide nesta terça-feira se dá continuidade aos procedimentos disciplinares que investigam denúncias contra três vereadores. A Corregedoria aprovou na semana passada os pareceres que propõem a abertura de processos de quebra de decoro contra Antonio Goulart (PMDB), Ushitaro Kamia (DEM) e Netinho de Paula (PC do B).

Eles são suspeitos, em casos diferentes, da utilização do cargo para proveito pessoal. A punição pode chegar até a perda do mandato.

Goulart é suspeito de pagar, com recursos públicos, serviços prestados pela gráfica de sua mulher. Já contra Kamia pesa a suspeita de desvio de donativos destinados às vítimas das chuvas da região serrana do Rio.

Netinho, por sua vez, é investigado pela suposta utilização de notas fiscais de empresas com endereços fantasmas para justificar gastos de seu gabinete na Câmara.

Todos eles negam irregularidade.

Contra os dois primeiros, os pareceres afirmam que as irregularidades praticadas são graves e passíveis de perda do cargo. Já com relação a Netinho, o documento fala em suspensão de até 90 dias.

Essas punições podem, no final do processo, serem abrandadas e, no caso de Netinho, ser agravada, segundo informou o corregedor-geral Marco Aurélio Cunha (DEM).

A aprovação dos pareceres foi o primeiro passo para a abertura dos processos. Tecnicamente chamada de admissibilidade, ela será levada hoje para votação em plenário e tem que receber 28 dos 55 votos possíveis.

Caso seja aprovada, é aberto um processo formal no qual os vereadores podem se defender. Na fase concluída ontem, é analisada a gravidade da denúncia e possibilidade de ser algo concreto. Os vereadores não tinham a possibilidade de defesa.

OUTRO LADO

Os vereadores investigados pela Corregedoria da Câmara negam terem cometido irregularidades.

Antonio Goulart disse, por nota, que tem "convicção" que agiu de "forma lícita na contratação" de serviços.

O advogado Pedro Dallari, defensor de Ushitaro Kamia, diz que as acusações "não tem nenhuma procedência".

Netinho de Paula disse, também em nota, que "acredita nas instituições, está tranquilo, pois não cometeu nenhuma irregularidade".






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