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Internacional
Terça - 07 de Junho de 2011 às 08:33

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A Comissão Europeia propôs nesta terça-feira uma indenização de 150 milhões de euros (cerca de R$ 350 milhões) para os produtores de frutas e hortaliças da União Europeia que viram suas vendas cair desde o surto de bactéria E.coli no continente.

Os cientistas alemães culparam vegetais crus pelo surto da variedade superletal E. coli Enterohemorrágica (EHEC), que deixou 22 mortos na Alemanha e um na Suécia. As autoridades do país pediram que os cidadãos evitem consumir pepinos, tomates e saladas cruas. Mas, até o momento, todos os testes realizados em amostras suspeitas voltaram negativo.

O valor da indenização deve decepcionar a Espanha, que deve exigir da Alemanha uma compensação por 100% das perdas verificadas pelos seus produtores após a acusação falsa contra os pepinos exportados pelo país. A Associação de Exportadores de Frutas e Hortaliças espanhola estima em 220 milhões de euros as perdas por semana, desde a chamada crise do pepino.

Logo no início do surto, Cornelia Prüfer-Storks, responsável pela secretaria de Saúde de Hamburgo, apontou em direção aos pepinos espanhóis como fonte da infecção. Na época, quatro legumes foram coletados aleatoriamente, junto a outros produtos, de um mercado em Hamburgo para realizar testes e o produto foi retirado das prateleiras. Na semana passada, os testes voltaram negativo.

Até então, contudo, as acusações alemãs levaram os Estados Unidos a controlar toda a importação de pepinos, verduras e tomates provenientes de Alemanha e da Espanha. Já a Rússia, criticada pela UE, decidiu banir a importação de legumes de todos os países europeus.

Agora, a suspeita recai sobre os brotos de feijão e sementes germinadas cultivadas em uma fazenda orgânica de Uelzen, no norte da Alemanha. A fazenda foi fechada no domingo e toda sua produção foi recolhida, incluindo ervas frescas, flores e batatas.

O governo alemão disse que 18 tipos diferentes de vegetais produzidos na fazenda estão sob suspeita, incluindo ainda brócolis, ervilhas, rabanete e alho. MAs testes em 23 das 40 amostras recolhidas já voltaram negativo para contaminação pela EHEC.

BACTÉRIA

O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli, que normalmente pode ser encontrado nas fezes de humanos e animais e pode se espalhar com maus hábitos de higiene desde a fazenda até o preparo do alimento.

Mais de 2.200 pessoas em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria. Quase todos os casos registrados fora da Alemanha são de pessoas que moram ou viajaram ao país.

O EHEC tem um período de incubação médio de três a quatro dias e a maioria de pacientes se recupera em dez dias. Mas em uma pequena parte dos pacientes --principalmente crianças e idosos-- a infecção pode levar à Síndrome Hemolítico-Urêmica (SUH), causada por uma toxina específica desta variedade de E.coli que destrói hemácias (células vermelhas do sangue) e provoca insuficiência renal.






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