O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), fez duras críticas ao governo de São Paulo e afirmou que Geraldo Alckmin "herdou a inércia da administração anterior", se referindo ao mandato de José Serra e do vice Alberto Goldman, do mesmo PSDB da administração atual. Durante o Fórum Nacional do Esporte, que ocorreu neste sábado, o ministro resumiu a situação da cidade de São Paulo como uma "crônica de uma morte anunciada".
Orlando lamentou muito a perda da Copa das Confederações e do Centro de Imprensa na cidade, após o atraso nas obras do estádio do Corinthians, popularmente conhecido como "Itaquerão". Apesar das críticas, o ministro declarou confiança no governador do Estado, que não esteve presente no evento, assim como o prefeito da cidade Gilberto Kassab.
"Alertei mais de uma vez quanto à necessidade de São Paulo andar mais rápido. Não é possível que 11 outras cidades consigam enfrentar e equacionar a questão do estádio da Copa e justamente a maior cidade do Brasil patine na definição deste assunto. E é importante dizer: o estádio em São Paulo é uma responsabilidade das autoridades, não do Corinthians", disse o ministro.
Questionado sobre quais ações práticas Alckmin teria tomado diferentes do governo anterior, Orlando afirmou que conversou por três vezes com o governador e ele teria se "movimentado mais". O ministro afirmou ainda que o acesso ao futuro estádio do Corinthians é bom e que "só falta mesmo a arena no local". Citando exemplos positivos em outros lugares, Orlando citou Porto Alegre, onde de acordo com ele as autoridades locais viabilizaram os investimentos do Internacional.
Orlando Silva estabeleceu um prazo para que a capital paulista prove que tem condições de receber a Copa do Mundo: o próximo dia 30 de julho, quando haverá, segundo ele, uma reunião da Fifa no País. Até lá, as autoridades paulistas "precisam demonstrar" a viabilidade de sediar o Mundial. Caso contrário, a Copa do Mundo em São Paulo correria risco de não acontecer.
Comentários