Secretarias regionais podem fomentar o desenvolvimento de MT

Em entrevista ao Programa Cidade Independente, da Rádio Cidade, nesta sexta-feira (27), o presidente da Assembleia Legislativa deputado José Riva (PP) voltou a defender a implantação de secretarias regionais em Mato Grosso. Riva garante que essa iniciativa é a mais sensata para amparar as regiões que amargam a falta de investimentos. “O Governo precisa mostrar a cara nessas regiões”, disse, ao garantir que não vê viabilidade para a criação de um novo estado, como garantia de investimentos, por exemplo, na Região Araguaia, que ficou conhecida como Vale dos Esquecidos.

“Mato Grosso não precisa de divisão. Precisa da atenção do governo. É necessário que o governo faça uma reavaliação da sua presença institucional nas regiões. Acredito que com a criação de quatro secretarias regionais será mais fácil acompanhar e verificar as prioridades e os investimentos necessários ao fortalecimento regional”, sugeriu, ao citar Santa Catarina, estado que já adotou a iniciativa.

Sem estudos de viabilidade para a criação de um novo estado, ele considera o momento oportuno para a discussão sobre a situação de cada área. E lembrou que nos últimos anos, as regiões Oeste e Araguaia receberam pouca atenção do governo.

Riva disse aos jornalistas Edivaldo Ribeiro e Dirceu Carlino que, se fosse viável, a divisão do estado seria melhor. Mas, não existe nem vontade política e os estados não têm autonomia nem para emancipar novos municípios.

REAJUSTE SALARIAL – A política salarial dos servidores também foi abordada. Na iminência de mais uma greve dos professores, Riva disse que vai sugerir ao governador Silval Barbosa reunião com a categoria. “Tudo que pagar ao professor é pouco”, destacou. Ele reconhece que o Estado vive um momento de apreensão em relação à arrecadação. Contudo, há comprometimento do Governo em reajustar os salários dos servidores dos órgãos que ainda não foram contemplados no mês de junho. Dessa vez serão: Polícia Judiciária, Indea, Procon, Intermat, Sema, Polícia Militar e Empaer. “O governo paga caro pela falta de coerência. Poderia perfeitamente ter zerado o processo corrigindo essas distorções”, disse, ao questionar a diferença salarial paga nos órgãos públicos. E citou como exemplo que um engenheiro pode ter salários diferentes em cada órgão que atuar.

SAÚDE – Riva garantiu que vai priorizar emendas para a construção de um hospital com capacidade para 500 leitos em Cuiabá. Segundo ele, um dos grandes entraves no setor é que a Capital cresceu 10% no ano passado. Mas, o número de leitos diminuiu.

Também envidará esforços para fiscalizar os hospitais que ainda exigem cheque caução no ato da internação de pacientes. A população está amparada na Lei 8.851, que proíbe a obrigação de caução ou depósito de qualquer natureza, para possibilitar a internação de doentes em situação de urgência e emergência, em hospitais da rede privada, de autoria de Riva.

VLT – Destacou a ida até Portugal como muito importante porque conheceu toda a operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). E, agora, tem certeza que as vantagens são enormes em relação ao Bus Rapid Transit (BRT). “VLT dura 30 anos, pode ser acoplado e exige menos desapropriações”. Os estudos de viabilidade do VLT devem ser apresentados até o dia 10 de junho.

PSD – Riva afirmou que, ao longo da carreira, fez parceiros e teve apoio em todos os partidos. “O PSD surge para acolher esses companheiros de 15 anos de convivência, que não podem migrar para o PP para não perder o mandato”, explicou. Segundo ele, o partido nasce com o propósito de começar pela base e não tem problema em formar uma aliança e apoiar um candidato de qualquer partido, desde que seja bom para o Estado. “O partido não esta preocupado em mensurar o seu tamanho agora”, disse, ao destacar que o comprometimento dos interessados é fundamental para compor a nova sigla.