O Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos e formação política ligado ao PSDB, entrou na discussão a cerca da polêmica situação do ministro Antonio Palocci, que teria, segundo publicação do jornal Folha de S.Paulo, multiplicado em 20 vezes seu patrimônio pessoal. Em artigo divulgado nesta terça-feira, o ITV diz que há "falta de convicção (do governo) quanto à lisura das atividades público-privadas" de Palocci, e que o "que interessa é garantir que os cheques continuem rolando para os poderosos cofres petistas".
O documento afirma que só a falta de confiança do governo sobre as atividades de Palocci justificaria "a escalação de uma verdadeira tropa de choque para blindar o ministro". O ITV diz que a reunião, para a qual a presidente Dilma Rousseff convocou cinco ministros com o intuito de discutir o andamento das obras da Copa do Mundo, não se passa de um "fingimento". Sendo o real intuito "lhes fidelidade canina à defesa de Palocci".
O texto traz ainda que, "se vida pregressa de Palocci fosse um mar de rosas, até poderia caber-lhe o benefício da dúvida". O artigo reaviva a época em que Palocci foi prefeito de Ribeirão Preto, onde teria deixado "negócios mal explicados" que "continuam sem esclarecimento".
"As negociatas ribeirão-pretanas envolvem suspeita de manipulação de licitação para compra de merenda escolar - só ganhava quem pusesse ervilha misturada no molho de tomate - e desvios reiterados das empresas prestadoras de serviços de limpeza urbana para os cofres petistas. Nada muito diferente, por exemplo, do que está acontecendo em Campinas neste exato momento", diz o artigo.
O documento, intitulado Tropa do cheque, diz que não é "mera coincidência que o PT se veja novamente às voltas com escândalos de subtração de dinheiro público para bolsos partidários", e cita o prefeito Hélio dos Santos (PDT), envolvido em denúncias sobre um esquema de fraudes em concorrência e contratação de serviços pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), como exemplo.
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