Ministro da Agricultura afirma que está articulando mais dinheiro para leilões de milho

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, disse em Sinop, nesta quinta-feira (19), durante o 1º Fórum Brasil Central do Agronegócio, que articula a liberação de mais dinheiro para leilões de milho. O baixo preço do cereal por causa do excesso de produção é a principal reclamação dos agricultores que estão com tuias cheias. 

 

Em Mato Grosso, o preço médio gira entre R$ 12 e R$ 13 por saca de 60 quilos. “O Ministério tem plena ciência dos problemas com o preço da saca do cereal e nesta tarde, saindo daqui de Sinop, volto para Brasília para uma reunião interministerial para tratar de mais recursos para leilões”, anunciou o ministro.

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem feito leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Conforme a Conab, o governo federal já realizou, este ano, quatro leilões de Pepro, que somam um total de 4,83 milhões de toneladas de milho comercializadas.

 

Andrade destacou que a superprodução do cereal no ciclo 2012/13 superou as expectativas do governo e reforçou a balança comercial. “A previsão do Ministério para 2013 era de exportar 15 milhões de toneladas de milho, mas o ano vai fechar com mais de 20 milhões de toneladas embarcadas que, se confirmadas, adicionarão mais de US$ 15 milhões ao saldo do exercício 2013”.

 

Ainda no seu discurso, o ministro disse aos produtores que a questão de ferrugem asiática e da lagarta Helicoverpa estão na pauta de trabalho da sua equipe. “Estamos tratando disso com muito carinho. A ferrugem e a lagarta são hoje, sob o ponto de vista da fitossanidade, as maiores ameaças à renda e a produtividade do produtor”.

 

O Fórum segue nesta sexta-feira, no Centro de Eventos Dante de Oliveira, com duas explanações sobre logística, uma com o diretor geral de Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Jorge Fraxe, e a outra com o secretário de Planejamento do Estado de Mato Grosso, Arnaldo Alves. Durante o dia também entra em pauta a questão indígena.