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Politica Brasil
Terça - 17 de Maio de 2011 às 15:05

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Com 24 horas de atraso, o PSDB decidiu juntar-se ao DEM e ao PPS e, juntos, os três encaminharão, na tarde desta terça-feira (17), uma representação conjunta à Procuradoria Geral da República com pedido de investigações sobre o ministro Antônio Palocci (Casa Civil) --que aumentou em 20 vezes o seu patrimônio pessoal nos últimos quatro anos.

O PPS já havia dado entrada na PGR com o pedido de abertura de inquérito, mas nesta terça-feira os tucanos e democratas decidiram se unir ao partido e assinar uma nova representação, que deve ser encaminhada até o final da tarde. 

Com discursos amenos em relação ao ministro, líderes tucanos afirmam que Palocci precisa se explicar, mas que a oposição não deseja "desestabilizar o governo" antes do ministro esclarecer sua evolução patrimonial.

Apontado como um dos pré-candidatos do PSDB à Presidência em 2014, o senador Aécio Neves (MG) defendeu cautela nas acusações contra Palocci.

"Não é nossa intenção criar movimento de desestabilização do governo. Nesse momento, e essa é a posição majoritária da nossa bancada, é criar as condições para que esses esclarecimentos possam vir a ser dados."

Aécio disse que o momento é de "serenidade e firmeza" em relação ao ministro.

"Ninguém aqui quer prejulgar ninguém, eu pessoalmente tenho muito respeito pelo ministro Palocci. Temos que ter serenidade para não prejulgar e firmeza para aguardar os esclarecimentos do ministro, acho até que ele é o maior interessado."

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que Palocci deveria abrir espontaneamente seu sigilo fiscal para se explicar --embora a oposição defenda que as investigações ocorram no âmbito do Ministério Público Federal.

"É evidente que há um movimento de opinião pública no sentido da suspeição absoluta. Só explicações cabais poderão acabar com essa suspeição."

Dias disse que DEM, PSDB e PPS devem aguardar a investigação sem perder a postura de "oposição responsável" em relação ao governo.

Além da representação que será encaminhada à PGR, a bancada do PSDB da Câmara vai apresentar pedidos de informações à Receita Federal e ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre a evolução patrimonial de Palocci.

Reportagem da Folha mostrou que Palocci multiplicou por 20 o seu patrimônio entre 2006 e 2010. O ministro comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório em São Paulo, no valor de R$ 882 mil, pela empresa Projeto Administração de Imóveis --da qual possui 99,9% do capital. Em 2006, quando se elegeu deputado federal, declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio estimado em R$ 375 mil.






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