Um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que em 2009 o Rio de Janeiro foi o Estado com quarto maior número de mortes por armas de fogo. O número de homicídios cometidos com este tipo de arma foi de 80,1%. O número fica atrás apenas de Paraíba, Bahia e Alagoas, que lidera o ranking com o índice 83,3%.
Na capital fluminense, a taxa é mais alta e chega a 87,3% de homicídios por uso de armas de fogo. Em todo o País, a média é de 71,2%. Entre as capitais mais violentas estão Salvador (onde as mortes por arma de fogo representam 93,6% do total de homicídios), Vitória (91,7%) e Maceió (88,9%). A média no Brasil, com base em dados de 2009, é de 71,2% - cifra levemente menor do que o recorde de 71,6%, registrado em 2007.
De acordo com o estudo, a região Norte é onde menos são utilizadas armas de fogo na prática de homicídios. Nas capitais Boa Vista (RR), Palmas (TO), Macapá (AP) e Rio Branco (AC), por exemplo, o índice de uso de armas de fogo em assassinatos está abaixo de 50%.
Mulheres
A pesquisa aponta que as brasileiras representam 8,5% do total de assassinatos por arma de fogo registrados no País em 2009. De acordo com a CNM, nos últimos dez anos, quase 40 mil brasileiras foram mortas por arma de fogo.
Mulheres solteiras respondem por 61% do total de mulheres assassinadas, desde 1999, enquanto as casadas representam 17%. A faixa etária mais afetada, de acordo com o estudo, é de 20 a 29 anos (30%).
Segundo a CNM, a maioria das mulheres mortas por arma de fogo em 2009 no País foi vítima de violência doméstica. Entretanto, a pesquisa não pode precisar a real parcela das mulheres mortas por violência doméstica e familiar, em decorência da ausência de dados no Sistema de Informações sobre Mortalidades (SIM) - utilizado como base no estudo - como o sexo do autor do homicídio ou o tipo de relacionamento que tinha com a vítima.
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