Sesi cala Mineirinho e conquista título inédito na Superliga

Contando com um dos maiores orçamentos da Superliga de vôlei e com um time repleto de estrelas, o Sesi sagrou-se campeão pela primeira vez do torneio nacional.

O clube paulista, que disputa a Superliga pela segunda vez, superou neste domingo o Cruzeiro e calou um ginásio repleto de torcedores da equipe rival. Diante de um Mineirinho lotado por cerca de 18 mil torcedores, o Sesi venceu por 3 sets a 1, parciais de 25/19, 19/25, 27/25 e 25/17.

Entre os sete titulares da equipe paulista, quatro fazem parte da história recente da seleção brasileira: o central Sidão, o líbero Escadinha, o ponteiro Thiago Alves e Murilo, que, em 2010, foi eleito o melhor atleta do Mundial da Itália.

Mas um dos maiores destaques do Sesi na decisão foi o oposto Wallace --que marcou 27 pontos. Sendo assim, o atleta encerra a Superliga de vôlei como o maior pontuador do torneio.

Outro destaque do Sesi foi o técnico Giovane, que fez a diferença durante o set mais equilibrado do jogo. Com o título, Giovane torna-se o primeiro brasileiro a conquistar o torneio como treinador e como atleta. Como jogador, ele venceu a temporada de 97, atuando pelo Suzano.

O JOGO

O jogo começou equilibrado e nervoso. Logo no início da parcial, em dois lances, os atletas das duas equipes discutiram rapidamente na rede.

Equlibrados, os times se revezavam na liderança sem conseguir abrir grande vantagem sobre o rival. No segundo tempo técnico, o placar apontava 16 a 15 para o Sesi.

Mas, no final da parcial, o oposto Wallace Martins, do Sesi, maior pontuador da Superliga, fez a diferença.

Foi com um ataque dele que o time paulista abriu vantagem de três pontos (22 a 19). E o ponto que fechou a parcial também saiu de uma cortada de Wallace, num contra-ataque: 25 a 19.

A pequena torcida do Sesi, que correspondia a cerca de 10% da lotação total do ginásio, gritava: "O Mineirinho é nosso, aha, uhuu."

No duelo particular entre os dois Wallace, o do Sesi levou ampla vantagem no primeiro set, com 10 pontos. O oposto do Cruzeiro, Wallace Souza ficou apenas nos três pontos e chegou a ser substituído no final da parcial.

No segundo set, Wallace do time mineiro entrou melhor em quadra e seu xará do Sesi caiu muito de produção, assim como o restante da equipe paulista.
Nem mesmo o maior astro da equipe, Murilo, teve boa atuação no segundo set.

Com um bloqueio bem postado, o Cruzeiro conseguiu neutralizar muitas tentativas de ataque do Sesi.

Com 1,94 m, o ponteiro Filipe marcou bem os ataques de Wallace na saída de rede. Em seus três pontos de bloqueio, Filipe comemorou muito e incendiou a torcida e sua equipe. O time mineiro se mostrou superior em quase toda a parcial.

Em um ataque para fora de Thiago Alves, o Cruzeiro fechou o set, por 25 a 19.

No terceiro set, o ataque do Sesi voltou a funcionar, comandado pelo oposto Wallace. E o Cruzeiro manteve o nível de seu jogo, o que levou o placar a ficar equilibrado e assim se manteve até o fim da parcial.

Quando o placar apontava 20 a 20, o técnico Giovane fez três substituições táticas que surtiram efeito. Japa, Léo e Jotinha entraram no lugar de Thiago Alves, Wallace e Sandro. O Sesi melhorou, ficou na frente por uma margem mínima de pontos.

Pela primeira vez, a equipe paulista mostrava um nível alto de vibração, que fez a diferença.

Japa bloqueou Filipe e o Sesi venceu o set por 27 a 25.

A derrota no terceiro set mexeu com o time mineiro e com a torcida cruzeirense. No quarto set, a pequena torcida do Sesi se impôs diante de um Mineirinho lotado.

Com o Cruzeiro quase entregue e desanimado, o time paulista abriu larga vantagem de 10 pontos: 17 a 7. Afora um lampejo ou outro e as tentativas, em vão, do capitão e levantador William de reanimar o Cruzeiro, o Sesi prosseguiu dominando o jogo até o fim da parcial.

Ao contrário dos outros sets, não foi preciso muito esforço para vencer. Desta vez, o placar foi folgada: 25 a 17. Sesi campeão