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Concursos/Empregos
Terça - 19 de Abril de 2011 às 07:12

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Ingressar na carreira pública por meio de concurso e conquistar um bom salário e a tão sonhada estabilidade no emprego não são tarefas fáceis. Além de boa formação acadêmica, exige-se paciência e determinação para muitas horas de estudos durante anos. E, para os cargos mais concorridos, com altos salários, investimento financeiro em cursos de preparação específica.

Para um grupo de 30 cuiabanos, a maioria desempregado ou com renda de menos ou pouco mais de dois salários mínimos, a oportunidade de se preparar para concursos surgiu da vontade de um grupo de oito jovens bem-sucedidos de ajudar ao próximo.

Depois de alcançar o que milhares de trabalhadores almejam, ou seja, bom salário e segurança no emprego, os oito servidores públicos decidiram abrir um cursinho para ensinar, gratuitamente, quem tem concursos como meta profissional.

Servidor público federal (do IBGE), Márcio Henrique de Freitas Cavichiolli, 27 anos, idealizador da ação e professor voluntário, é uma prova de que disciplina e dedicação aos estudos fazem a diferença entre os chamados “concurseiros”.

Aprovado em segundo lugar em dois concursos em Mato Grosso – primeiro para administrador na Secretaria Estadual de Administração (SAD) e logo depois no IBGE -, Márcio é formado em Administração pela Faculdade Estadual Santa Cruz, da Bahia, estado onde nasceu e viveu até poucos anos, e tem duas especializações, em Gestão Pública e Gestão de Pessoas.

O agora professor Márcio diz que quando decidiu que seguiria a carreira pública fez quatro concursos antes da primeira aprovação. Ele estudou por cinco anos para chegar a um bom cargo, o de analista de planejamento do IBGE, com salário acima de R$ 7 mil (ele não revelou o valor real, mas seria essa média, conforme o edital do último concurso oferecido). A primeira aprovação, diz, veio somente depois de estudar por um ano e dois meses.

Márcio Cavichiolli conta que pensou em fazer um trabalho social, algo de que gostasse e em que pudesse ajudar pessoas. Daí nasceu a ideia do cursinho, prontamente acatada pelos amigos e pela igreja que frequenta, a Batista da Paz do Verdão (sede da congregação) em Cuiabá, que cedeu a sala com toda infraestrutura (incluindo ar-condicionado). O pastor Jairo Ishikawa considera a proposta excelente e diz que a decisão da igreja não poderia ser outra senão de total apoio.

Para Márcio e seus amigos surpresa maior foi o número de inscrições para as 30 vagas oferecidas. O plano de permanecer com o cadastramento aberto por duas semanas sucumbiu no primeiro dia, quando 150 pessoas se inscreveram e o grupo teve de encerrar o processo.

Por causa da grande procura, o cursinho teve de definir alguns critérios para a seleção dos alunos. Escolheu pessoas com baixos salários ou desempregadas e que já possuem dependentes ou não dispõem da ajuda de pais outras formas de sustento.





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