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Meio Ambiente
Quarta - 13 de Abril de 2011 às 19:10

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O Grupo de Contato sobre a Líbia anunciou em reunião em Doha o fornecimento de ajuda financeira e apoio material aos rebeldes líbios, mas não mencionou de forma explícita o envio de armamentos no comunicado, embora o Reino Unido e a Itália tenham mostrado divergências quanto à questão.

Segundo o comunicado final da reunião de Doha, da qual participaram 20 países e organizações sob a presidência do Reino Unido e do Qatar, decidiu estabelecer "um mecanismo financeiro temporário" para ajudar o CNT, órgão político da rebelião.

O grupo declarou também que o Conselho Nacional de Transição (CNT) é o representante "legítimo" do povo líbio, e reiterou a necessidade de saída do ditador Muammar Gaddafi.

Esse mecanismo servirá para "dotar o CNT e a comunidade internacional de meios para administrar as ajudas e atender às necessidades urgentes" das regiões controladas pela rebelião no leste do país.

Nenhuma indicação foi dada sobre o valor do fundo e sobre os países que devem contribuir; mas a rebelião havia indicado antes da reunião esperar que os recursos congelados como parte das sanções contra o regime de Gaddafi fossem colocados à disposição.

FORNECIMENTO DE ARMAS

O grupo de contato também decidiu fornecer ajuda à rebelião, incluindo "um apoio material" de acordo com as resoluções 1970 e 1973 da ONU (Organização das Nações Unidas).

O texto das medidas aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU determina um embargo à venda de armamentos ao país, como forma de impedir que Gaddafi compre novas armas do exterior.

No entanto, houve divergência quanto à interpretação das medidas durante a reunião.

Ouvidos sobre o alcance desta decisão, os ministros britânico e italiano das Relações Exteriores, William Hague e Franco Frattini, mostraram posições diferentes.

Hague mencionou o fornecimento de meios de comunicação, mas Frattini considerou que "a resolução 1973 não impede o fornecimento de armas, de armas não ofensivas, de armas de autodefesa".

"Ou nós fornecemos a essas pessoas os meios para se defenderem, ou nos livramos da obrigação de defender a população da Líbia", acrescentou à imprensa.

O xeque Hamad ressaltou que "o povo líbio tem o direito de assegurar sua defesa contra os ataques contínuos das forças pró-Gaddafi "A autodefesa precisa dos equipamentos, que não sejam ofensivos, mas defensivos", acrescentou.

GRUPO EXIGE SAÍDA DE GADDAFI

O comunicado lido pelo primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad ben Jassem ben Jabr al Thani, considera que "a manutenção do regime de Gaddafi ameaça toda a solução da crise".

Ele "ressalta a necessidade de Gaddafi deixar do poder" a fim de "permitir que o povo líbio decida seu futuro".

"O CNT é um interlocutor legítimo e representa as aspirações do povo líbio" por mudanças, acrescenta o comunicado, satisfazendo uma exigência da rebelião. Até o momento, apenas França, Itália e Qatar reconheceram o CNT. Outros países europeus e os Estados Unidos ainda hesitam.

O comunicado pediu também "um cessar-fogo imediato" na Líbia e exigiu que as tropas do regime "se retirem de todas as cidades onde entraram à força".

A segunda reunião deve ser realizada na Itália em uma data que deverá ser determinada "em breve", segundo o comunicado.






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