Milhares de pessoas se reuniram em Madri neste sábado para exigir do governo espanhol que nenhuma candidatura auspiciada pelo grupo terrorista ETA esteja no próximo pleito, em 22 de maio. Os manifestantes protestavam sob o lema de "pela derrota do terrorismo: ETA fora das eleições".
Pelo cálculo efetuado pela empresa Lynce para a Agência Efe, no total assistiram à manifestação 18.314 pessoas. Os dados têm margem de erro de 5%, que poderia elevar o número de presentes até 19.230.
Depois que a Corte Suprema impedisse que a formação radical "Sortu" pudesse ser inscrita como partido político, decisão que recorreu à Constitucional, os organizadores e presentes assinalaram agora a "Bildu" como uma nova tentativa da ETA de voltar às instituições. "Bildu" é uma coalizão formada pelos partidos Eusko Alkartasuna, Alternatiba e independentistas radicais para comparecer às eleições municipais e autônomas de 22 de maio.
"Bildu é uma criatura da ETA", disse ao término da manifestação a presidente da AVT, Ángeles Pedraza, que acrescentou que se o grupo terrorista consegue participar das eleições com essa ou outra marca será porque o presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, e o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, "permitem".
Um minuto de silêncio em memória das vítimas, um breve documentário no qual cidadãos e vítimas da ETA se pronunciavam contra a volta do grupo às instituições, a soltura de balões e finalmente os acordes do hino nacional colocaram fim ao ato na praça de Colón de Madri.
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